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Começa a cúpula entre UE e ex-repúblicas soviéticas

União Europeia e 6 ex-repúblicas soviéticas iniciam reunião de cúpula marcada pela situação da Ucrânia, onde protestos em massa exigem a assinatura de acordo

Protesto na Ucrânia por causa de acordo com a União Europeia: UE afirma que o acordo continua sobre a mesa, mas chances de que se chegue a ele parecem ínfimas (Vasily Fedosenko/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2013 às 13h53.

Vilnius - A União Europeia e seis ex-repúblicas soviéticas iniciam nesta quinta-feira uma reunião de cúpula marcada pela situação da Ucrânia , onde protestos em massa exigem a assinatura de um acordo com Bruxelas, adiado pelo governo sob pressão russa.

Depois de meses de negociações entre Bruxelas e Kiev para tentar solucionar o caso da opositora presa Yulia Timoshenko, os ucranianos decidiram na semana passada, pressionados pela Rússia, a fechar as portas ao acordo com os europeus.

A UE afirma que o acordo continua sobre a mesa, mas as possibilidades de que se chegue a ele em Vilnius parecem ínfimas.

Em uma mensagem transmitido por seus familiares, Timoshenko pediu aos líderes europeus que "libertem a Ucrânia" assinando, sem condições, o acordo de associação com Kiev.

"Se pressionado pelas manifestações na Ucrânia (o presidente Viktor) Yanukovich decidir no último momento assinar o acordo, peço que assinem na sexta-feira sem hesitar e sem condições, incluindo o que diz respeito a minha própria libertação", escreveu Timoshenko em uma mensagem divulgada por sua família.

A libertação de Timoshenko é uma condição imposta pela União Europeia (UE) ao governo ucraniano.

"Hoje não é necessário libertar apenas os prisioneiros políticos. É necessário libertar a Ucrânia", completou a opositora.

"Ao assinar o acordo, vocês ajudariam toda uma nação a superar um abismo civilizacional criado por ideologias equivocadas e impérios agressivos", completou a ex-primeira-ministra.


"Dariam outro passo importante para reunir toda a Europa", escreve.

Timoshenko, condenada a sete anos de prisão por abuso de poder após a eleição em 2010 de Victor Yanukovich, do qual foi a principal adversária, anunciou na segunda-feira o início de uma greve de fome para protestar contra a decisão da semana passada do governo ucraniano de suspender os preparativos de um acuerdo com a UE.

A Ucrânia admitiu na quarta-feira ter adotado a decisão sob a influência da Rússia, contrária a uma aproximação entre a UE e a ex-república soviética.

Yanukovich anunciou que viajaria para a reunião de cúpula de Vilnius da Associação Oriental da UE, onde inicialmente estava prevista a assinatura do acordo de associação.

A decisão das autoridades ucranianas provocou a ira da oposição pró-europeia, que organiza em Kiev manifestações em massa, as mais importantes desde a Revolução Laranja, de 2004.

A UE também é criticada pela forma com que negociou com a Ucrânia. "Bruxelas cometeu um erro de julgamento ao focar-se no caso Timoshenko em detrimento da política de pressão e chantagem exercita por Moscou sob Kiev", declarou o presidente polonês, Bronislaw Komorowski.

A cúpula da Associação Oriental deverá adotar uma declaração dirigindo uma advertência velada à Rússia contra uma ingerência nos casos dos países vizinhos, segundo o jornal polonês Gazeta Wyborcza. O texto também deverá incentivar os países da Europa Oriental a passar por reformas e se aproximar do Ocidente.

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Vilnius - A União Europeia e seis ex-repúblicas soviéticas iniciam nesta quinta-feira uma reunião de cúpula marcada pela situação da Ucrânia , onde protestos em massa exigem a assinatura de um acordo com Bruxelas, adiado pelo governo sob pressão russa.

Depois de meses de negociações entre Bruxelas e Kiev para tentar solucionar o caso da opositora presa Yulia Timoshenko, os ucranianos decidiram na semana passada, pressionados pela Rússia, a fechar as portas ao acordo com os europeus.

A UE afirma que o acordo continua sobre a mesa, mas as possibilidades de que se chegue a ele em Vilnius parecem ínfimas.

Em uma mensagem transmitido por seus familiares, Timoshenko pediu aos líderes europeus que "libertem a Ucrânia" assinando, sem condições, o acordo de associação com Kiev.

"Se pressionado pelas manifestações na Ucrânia (o presidente Viktor) Yanukovich decidir no último momento assinar o acordo, peço que assinem na sexta-feira sem hesitar e sem condições, incluindo o que diz respeito a minha própria libertação", escreveu Timoshenko em uma mensagem divulgada por sua família.

A libertação de Timoshenko é uma condição imposta pela União Europeia (UE) ao governo ucraniano.

"Hoje não é necessário libertar apenas os prisioneiros políticos. É necessário libertar a Ucrânia", completou a opositora.

"Ao assinar o acordo, vocês ajudariam toda uma nação a superar um abismo civilizacional criado por ideologias equivocadas e impérios agressivos", completou a ex-primeira-ministra.


"Dariam outro passo importante para reunir toda a Europa", escreve.

Timoshenko, condenada a sete anos de prisão por abuso de poder após a eleição em 2010 de Victor Yanukovich, do qual foi a principal adversária, anunciou na segunda-feira o início de uma greve de fome para protestar contra a decisão da semana passada do governo ucraniano de suspender os preparativos de um acuerdo com a UE.

A Ucrânia admitiu na quarta-feira ter adotado a decisão sob a influência da Rússia, contrária a uma aproximação entre a UE e a ex-república soviética.

Yanukovich anunciou que viajaria para a reunião de cúpula de Vilnius da Associação Oriental da UE, onde inicialmente estava prevista a assinatura do acordo de associação.

A decisão das autoridades ucranianas provocou a ira da oposição pró-europeia, que organiza em Kiev manifestações em massa, as mais importantes desde a Revolução Laranja, de 2004.

A UE também é criticada pela forma com que negociou com a Ucrânia. "Bruxelas cometeu um erro de julgamento ao focar-se no caso Timoshenko em detrimento da política de pressão e chantagem exercita por Moscou sob Kiev", declarou o presidente polonês, Bronislaw Komorowski.

A cúpula da Associação Oriental deverá adotar uma declaração dirigindo uma advertência velada à Rússia contra uma ingerência nos casos dos países vizinhos, segundo o jornal polonês Gazeta Wyborcza. O texto também deverá incentivar os países da Europa Oriental a passar por reformas e se aproximar do Ocidente.

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