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Comboio com ajuda é barrado na Síria pelo segundo dia

Incidente foi criticado como "impasses administrativos" impostos pelo governo sírio

Refugiados sírios: oito de um total de 79 caminhões com medicamentos, alimentos e roupa de cama para civis na cidade curda de Qamishli conseguiram atravessar a fronteira (Hassan Abdallah/Reuters)

Refugiados sírios: oito de um total de 79 caminhões com medicamentos, alimentos e roupa de cama para civis na cidade curda de Qamishli conseguiram atravessar a fronteira (Hassan Abdallah/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 21 de março de 2014 às 14h23.

Istambul - O primeiro comboio da Organização das Nações Unidas (ONU) com ajuda da Turquia para a Síria ficou detido na fronteira nesta sexta-feira, menos de 24 horas depois de ter começado a tão esperada missão humanitária, o que foi criticado como "impasses administrativos" impostos pelo governo sírio, nas palavras de um funcionário de uma organização de ajuda.

O envio do comboio só foi liberado no mês passado, devido a um acordo, obtido pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas em um momento raro de unidade sobre a Síria, por meio do qual se instou todas as partes a fornecerem acesso à ajuda.

Oito de um total de 79 caminhões com medicamentos, alimentos e roupa de cama para civis na cidade curda de Qamishli conseguiram atravessar a fronteira, já que a Síria desmobilizou a alfândega durante o fim de semana no país, disse a ONU.

"Nós temos um acordo por parte do governo sírio, mas hoje é o fim de semana e a parte síria da fronteira está fechada", disse o coordenador regional de ajuda humanitário da ONU Nigel Fisher.

"Na quinta-feira foi o Dia das Mães- um feriado público na Síria, então o governo enviou uma carta especial aos agentes para abrir a fronteira, e nós estamos trabalhando para ver se o mesmo pode ser feito no sábado", disse.

Organizações de ajuda tem até agora recorrido a lançamentos aéreos caros e limitados para entregar auxílio, mas agência incluindo o Programa Mundial de Alimentos da ONU, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados e a Organização Mundial de Saúde estão esperando que o comboio possa levar fornecimentos vitais a mais de 50 mil pessoas.

O bloqueio é um lembrete das dificuldades sofridas pelas 9,3 milhões de pessoas na Síria que necessitam de ajuda.

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