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Combates deixam cerca de 200 mortos na Nigéria

De acordo com diversas testemunhas, o registro de vítimas inclui um grande número de rebeldes insurgentes, e também de soldados e civis

Nigéria: segundo registros concordantes, a violência teve início depois que o Exército cercou uma mesquita onde homens armados estariam escondidos. (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de abril de 2013 às 17h14.

Baga - Quase 200 pessoas morreram e 77 ficaram feridas durante combates entre as tropas do Exército regular e combatentes islamitas na cidade de Baga, noroeste da Nigéria , onde mais de 300 casas foram destruídas pelo fogo, anunciou nesta segunda-feira uma fonte da Cruz Vermelha local.

"Até o momento, 187 pessoas mortas foram enterradas e 77 estão hospitalizadas. Mais de 300 casas foram incendiadas", disse Nwakpa O. Nwakpa, enquanto que um registro divulgado pelo governo apenas mencionava "dezenas de mortos".

Os confrontos eclodiram na sexta nessa localidade isolada do estado de Borno, em uma região com forte presença do grupo islamita nigeriano Boko Haram, responsável por sangrentos ataques no centro e no norte do país desde 2009.

De acordo com diversas testemunhas, o registro de vítimas inclui um grande número de rebeldes insurgentes, e também de soldados e civis. Quase a metade da cidade foi destruída pelos incêndios depois dos combates, informou nesta segunda uma autoridade dos serviços de socorro.

"Pelo menos 40% da cidade ficou destruída pelo fogo. Há muitos moradores desaparecidos e, por enquanto, consideramos que muitos se refugiaram nos montes", disse esse alto funcionário, que pediu para não ser identificado.

Segundo registros concordantes, a violência teve início depois que o Exército cercou uma mesquita onde homens armados estariam escondidos. Na troca de tiros, os insurgentes utilizaram armas pesadas, mas até agora poucas informações foram confirmadas sobre o ocorrido.


Um funcionário do escritório regional da Agência de Gestão de Situações de Emergência, Abdulkadir Ibrahim, disse na segunda que vários emissários dessa entidade já estavam em Baga, mas que as comunicações eram extremamente difíceis.

Desde 2009 os ataques do Boko Haram no centro e no norte da Nigéria e a repressão do Exército já deixaram um registro de pelo menos 3.000 pessoas mortas.

O grupo é responsável por vários atentados suicidas na região de Abuja que tiveram como alvos um escritório da ONU, o quartel-general da polícia e a sede de um dos principais jornais do país, além de várias igrejas.

A Nigéria, o país mais populoso da África --com cerca de 160 milhões de habitantes-- e maior produtor de petróleo do continente, está dividido entre o norte de maioria muçulmana e o sul majoritariamente cristão.

O Boko Haram afirma lutar pela criação de um Estado islâmico no norte da Nigéria.

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"Até o momento, 187 pessoas mortas foram enterradas e 77 estão hospitalizadas. Mais de 300 casas foram incendiadas", disse Nwakpa O. Nwakpa, enquanto que um registro divulgado pelo governo apenas mencionava "dezenas de mortos".

Os confrontos eclodiram na sexta nessa localidade isolada do estado de Borno, em uma região com forte presença do grupo islamita nigeriano Boko Haram, responsável por sangrentos ataques no centro e no norte do país desde 2009.

De acordo com diversas testemunhas, o registro de vítimas inclui um grande número de rebeldes insurgentes, e também de soldados e civis. Quase a metade da cidade foi destruída pelos incêndios depois dos combates, informou nesta segunda uma autoridade dos serviços de socorro.

"Pelo menos 40% da cidade ficou destruída pelo fogo. Há muitos moradores desaparecidos e, por enquanto, consideramos que muitos se refugiaram nos montes", disse esse alto funcionário, que pediu para não ser identificado.

Segundo registros concordantes, a violência teve início depois que o Exército cercou uma mesquita onde homens armados estariam escondidos. Na troca de tiros, os insurgentes utilizaram armas pesadas, mas até agora poucas informações foram confirmadas sobre o ocorrido.


Um funcionário do escritório regional da Agência de Gestão de Situações de Emergência, Abdulkadir Ibrahim, disse na segunda que vários emissários dessa entidade já estavam em Baga, mas que as comunicações eram extremamente difíceis.

Desde 2009 os ataques do Boko Haram no centro e no norte da Nigéria e a repressão do Exército já deixaram um registro de pelo menos 3.000 pessoas mortas.

O grupo é responsável por vários atentados suicidas na região de Abuja que tiveram como alvos um escritório da ONU, o quartel-general da polícia e a sede de um dos principais jornais do país, além de várias igrejas.

A Nigéria, o país mais populoso da África --com cerca de 160 milhões de habitantes-- e maior produtor de petróleo do continente, está dividido entre o norte de maioria muçulmana e o sul majoritariamente cristão.

O Boko Haram afirma lutar pela criação de um Estado islâmico no norte da Nigéria.

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