Combate entre armênios e azeris continua em Nagorno Karabakh
Ao menos 33 militares dos dois lados e três civis morreram desde a retomada das hostilidades, as mais sangrentas desde o cessar-fogo instaurado em 1994
Da Redação
Publicado em 4 de abril de 2016 às 10h45.
O exército do Azerbaijão anunciou nesta segunda-feira a morte de três de seus soldados em confrontos com as forças da Armênia na região de Nagorno Karabakh, onde os combates prosseguem pelo terceiro dia consecutivo, apesar dos apelos à paz feitos pela comunidade internacional.
Ao menos 33 militares dos dois lados e três civis morreram desde a retomada - na noite de sexta-feira - das hostilidades, as mais sangrentas desde o cessar-fogo instaurado entre os dois países em 1994. Além disso, 200 militares ficaram feridos.
Este conflito, cuja origem remonta a vários séculos, se cristalizou durante o período soviético , quando Moscou atribuiu este território majoritariamente armênio à república socialista soviética do Azerbaijão.
Além disso, tem como palco uma região do Cáucaso estratégica para o transporte de hidrocarbonetos, e é perto do Irã, da Turquia e às portas do Oriente Médio.
A escalada militar ocorre num momento em que a Rússia, que mantém boas relações com a Armênia, e a Turquia, tradicional aliada do Azerbaijão, atravessam uma grave crise diplomática devido à guerra na Síria.
Esta região passou para o controle das forças separatistas pró-armênias após uma guerra entre 1988 e 1994 que deixou 30.000 mortos e centenas de milhares de refugiados, principalmente azeris.
Apesar da vigência desde 1994 de um cessar-fogo, nunca foi assinado um acordo de paz definitivo, e após vários anos de calma relativa nos últimos meses ocorreu uma escalada da violência, a ponto de Yreván ter afirmado em dezembro que a guerra havia voltado.
Ameaça de escalada
No campo militar, os três soldados azeris morreram por tiros de morteiro e lança-granadas a partir das barricadas ocupadas pelas forças armênias, indicou o ministério da Defesa.
"Se as provocações armênias continuarem, lançaremos uma grande operação ao longo da linha de frente e utilizaremos todas as nossas armas", disse à imprensa o porta-voz do ministério, Vagif Dargahly.
Por sua vez, o ministério da Defesa da região separatista, apoiado pela Armênia, disse que as tropas do Azerbaijão "intensificaram nesta segunda-feira seus bombardeios sobre as posições do exército em Karabakh, utilizando morteiros de 152 mm, lança-foguetes e carros.
As forças armênias "avançaram muito em algumas zonas do front e tomaram novas posições", declarou o porta-voz do ministério armênio da Defesa, Artsrun Hovhannisyan.
No entanto, o Azerbaijão disse que estas declarações eram falsas e afirma controlar desde sábado todas as colunas estratégicas de Nagorno Karabakh.
A Rússia e os ocidentais pediram ao Azerbaijão e à Armênia o fim dos combates.
O Azerbaijão, rico em petróleo e cujo orçamento de defesa é às vezes mais importante que o orçamento total da Armênia, ameaça regularmente retomar à força a região separatista.
No domingo, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou que a Turquia apoiará o Azerbaijão até o fim deste conflito.
"Rezamos para que nossos irmãos azeris triunfem nestes combates com o menor número de baixas possível", afirmou Erdogan.
O exército do Azerbaijão anunciou nesta segunda-feira a morte de três de seus soldados em confrontos com as forças da Armênia na região de Nagorno Karabakh, onde os combates prosseguem pelo terceiro dia consecutivo, apesar dos apelos à paz feitos pela comunidade internacional.
Ao menos 33 militares dos dois lados e três civis morreram desde a retomada - na noite de sexta-feira - das hostilidades, as mais sangrentas desde o cessar-fogo instaurado entre os dois países em 1994. Além disso, 200 militares ficaram feridos.
Este conflito, cuja origem remonta a vários séculos, se cristalizou durante o período soviético , quando Moscou atribuiu este território majoritariamente armênio à república socialista soviética do Azerbaijão.
Além disso, tem como palco uma região do Cáucaso estratégica para o transporte de hidrocarbonetos, e é perto do Irã, da Turquia e às portas do Oriente Médio.
A escalada militar ocorre num momento em que a Rússia, que mantém boas relações com a Armênia, e a Turquia, tradicional aliada do Azerbaijão, atravessam uma grave crise diplomática devido à guerra na Síria.
Esta região passou para o controle das forças separatistas pró-armênias após uma guerra entre 1988 e 1994 que deixou 30.000 mortos e centenas de milhares de refugiados, principalmente azeris.
Apesar da vigência desde 1994 de um cessar-fogo, nunca foi assinado um acordo de paz definitivo, e após vários anos de calma relativa nos últimos meses ocorreu uma escalada da violência, a ponto de Yreván ter afirmado em dezembro que a guerra havia voltado.
Ameaça de escalada
No campo militar, os três soldados azeris morreram por tiros de morteiro e lança-granadas a partir das barricadas ocupadas pelas forças armênias, indicou o ministério da Defesa.
"Se as provocações armênias continuarem, lançaremos uma grande operação ao longo da linha de frente e utilizaremos todas as nossas armas", disse à imprensa o porta-voz do ministério, Vagif Dargahly.
Por sua vez, o ministério da Defesa da região separatista, apoiado pela Armênia, disse que as tropas do Azerbaijão "intensificaram nesta segunda-feira seus bombardeios sobre as posições do exército em Karabakh, utilizando morteiros de 152 mm, lança-foguetes e carros.
As forças armênias "avançaram muito em algumas zonas do front e tomaram novas posições", declarou o porta-voz do ministério armênio da Defesa, Artsrun Hovhannisyan.
No entanto, o Azerbaijão disse que estas declarações eram falsas e afirma controlar desde sábado todas as colunas estratégicas de Nagorno Karabakh.
A Rússia e os ocidentais pediram ao Azerbaijão e à Armênia o fim dos combates.
O Azerbaijão, rico em petróleo e cujo orçamento de defesa é às vezes mais importante que o orçamento total da Armênia, ameaça regularmente retomar à força a região separatista.
No domingo, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou que a Turquia apoiará o Azerbaijão até o fim deste conflito.
"Rezamos para que nossos irmãos azeris triunfem nestes combates com o menor número de baixas possível", afirmou Erdogan.