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Com possível invasão da Rússia, Ucrânia pede que Otan prepare sanções

O ministro das Relações Exteriores ucraniano, Dmytro Kuleba, disse que fará o pedido aos chanceleres da Otan reunidos pelo segundo dia na Letônia para debater como reagir ao fortalecimento militar russo

Ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba (Ints Kalnins/Reuters)

Ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba (Ints Kalnins/Reuters)

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Reuters

Publicado em 1 de dezembro de 2021 às 13h57.

A Ucrânia pediu à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) nesta quarta-feira que prepare sanções econômicas contra a Rússia para deter uma possível invasão de dezenas de milhares de soldados russos concentrados na região de fronteira entre os dois países.

O ministro das Relações Exteriores ucraniano, Dmytro Kuleba, disse que fará o pedido aos chanceleres da Otan reunidos pelo segundo dia na Letônia para debater como reagir ao fortalecimento militar russo e evitar o que pode ser a crise mais perigosa nas relações com a Rússia desde a Guerra Fria.

"Pediremos aos aliados que se unam à Ucrânia montando um pacote de dissuasão", disse Kuleba aos repórteres ao chegar para as conversas em Riga.

Isto deveria incluir o preparo de sanções econômicas contra a Rússia, caso Moscou "decida escolher a pior opção", disse Kuleba, acrescentando que a Otan também deveria fortalecer a cooperação militar e de defesa com o governo ucraniano.

A Ucrânia não é uma integrante da Otan, mas a aliança militar liderada pelos Estados Unidos se diz comprometida a preservar a soberania da ex-República soviética, que se inclina para o Ocidente desde 2014 e pretende se filiar tanto à Otan quanto à União Europeia.

Isto revolta a Rússia e levou o presidente Vladimir Putin a dizer na terça-feira que seu país está pronto com uma arma hipersônica recém-testada caso a Otan cruze suas "linhas vermelhas" e instale mísseis na Ucrânia.

Nesta quarta-feira, Putin disse que a Rússia quer negociações sérias com os EUA e seus aliados para obter garantias legais que descartem "quaisquer movimentações adicionais da Otan para o leste e a instalação de sistemas de armas muito próximos do território russo que nos ameacem".

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