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Com Bolsonaro e sem Fernández, Lacalle Pou assume Uruguai domingo

Desde a campanha Lacalle Pou e seus aliados defendem reformas em programas sociais e uma maior abertura à iniciativa privada para impulsionar o crescimento

Lacalle Pou: governo começa com paralisação de professores (Andres Cuenca/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 28 de fevereiro de 2020 às 06h31.

Última atualização em 28 de fevereiro de 2020 às 06h48.

São Paulo — O Uruguai se prepara para trocar de comando, no domingo, em ambiente carregado. O ex-senador Lacalle Pou, 46 anos, do Partido Blanco, de direita, assumirá a presidência e encerrará um período de 15 anos de governo do esquerdista Frente Ampla.

Ontem, uma federação nacional de professores de ensino médio aprovou três greves para os próximos 45 dias, faltando apenas três dias para o início do ano letivo de 2020. O alvo dos professores é um grande projeto de lei com 457 artigos costurado com cinco partidos que trata de dez temas, entre eles segurança pública, economia e desenvolvimento social.

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Desde a campanha Lacalle e seus aliados defendem reformas em programas sociais e uma maior abertura à iniciativa privada para impulsionar o crescimento econômico do país e segurar o aumento de violência. Apesar de manter uma expansão na casa dos 3% nos últimos anos, invejável para vizinhos como o Brasil, o Uruguai busca novas frentes de expansão para competir num ambiente de guerra comercial e digitalização da economia.

Lacalle Pou conseguiu reunir no segundo turno o apoio formal de cinco partidos que vão do centro à extrema direita, que lhe garantiu também a maioria parlamentar, com 56 deputados e 17 senadores. Numa eleição em que o aumento da violência foi o principal foco dos eleitores, Lacalle Pou, mesmo sem proposta amplas para o tema, levou em todos os estados do interior, com o ex-prefeito de Montevidéu Daniel Martínez, da Frente Ampla, vencendo na capital e em Canelones, o estado vizinho.

A posse será acompanhada pelo presidente brasileiro, Jair Bolsonaro , mas terá a sentida ausência do presidente argentino Alberto Fernández, que na segunda-feira participará da abertura do ano de trabalho no Congresso. Os presidentes de Chile, Colômbia e Paraguai também estarão presentes. Lacalle não convidou chefes de estado de Cuba, Nicarágua e Venezuela, que ele considera não serem democracias plenas.

O rei espanhol Felipe VI já está em Montevidéu e no sábado almoça na casa de Lacalle Pou. No menu, churrasco.

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