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Colonos judeus incendeiam mesquita na Cisjordânia

Grupo de colonos judeus radicais incendiou mesquita na cidade palestina de Nablus


	Nablus, na Cisjordânia: ataques se intensificaram ao longo do ano
 (Tiamat/Wikimedia Commons)

Nablus, na Cisjordânia: ataques se intensificaram ao longo do ano (Tiamat/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2014 às 08h34.

Ramala - Um grupo de colonos judeus radicais incendiou nesta terça-feira uma mesquita na cidade palestina de Nablus, no norte da Cisjordânia, informaram fontes oficiais.

Segundo Rasam Daglás, membro da Autoridade Nacional Palestina na região, um grupo de colonos arrombou as portas e quebrou as janelas da mesquita Abu Baher as Sadik durante a madrugada, na cidade de Kfar Akraba, e depois incendiou o edifício.

Os responsáveis pelas ações de vandalismo, que foram expulsos do local por um grupo de moradores da área, deixaram a seguinte mensagem escrita nas paredes do templo, "este é o preço que se paga. Tapuah é Kahane", que se remete a uma colônia radical no norte da Cisjordânia e a um rabino judeu ultranacionalista, morto em 1990.

Os ataques de colonos radicais, ultranacionalistas e messiânicos, contra propriedades palestinas - muçulmanas e cristãs - se intensificaram ao longo deste ano, em particular nos dias anteriores à visita do papa Francisco, em maio.

Radicais judeus também mataram em julho um menor palestino, que foi capturado em Jerusalém Oriental e depois queimado vivo, como vingança pelo assassinato de três estudantes israelenses nos arredores da colônia de Gush Etzion, próxima da cidade palestina de Hebron.

Grupos de esquerda e de defesa dos direitos humanos de Israel culpam o atual governo do Estado judeu - no qual há ampla representação de grupos ultranacionalistas e de extrema direita - por esses incidentes violentos, já que o mesmo não se esforça para reprimir tais ações.

Este novo incidente acontece poucas horas depois que o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, lembrou em Jerusalém que a colonização é ilegal segundo o direito internacional e pediu ao primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, que acabe com a ocupação, já que a mesma representa um obstáculo para a paz.

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