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Colômbia responsabiliza ELN por atentado terrorista em Bogotá

Um carro-bomba explodiu em frente a uma academia de polícia, deixando ao menos 21 pessoas e dezenas de feridos

Colômbia: o Exército da Libertação Nacional (ELN), composto por cerca de 2.000 combatentes (Luisa Gonzalez/Reuters)

Colômbia: o Exército da Libertação Nacional (ELN), composto por cerca de 2.000 combatentes (Luisa Gonzalez/Reuters)

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EFE

Publicado em 18 de janeiro de 2019 às 11h35.

Última atualização em 18 de janeiro de 2019 às 12h03.

Bogotá - O governo da Colômbia atribuiu nesta sexta-feira à guerrilha do Exército de Libertação Nacional (ELN) a autoria do atentado terrorista contra a Escola de Cadetes da Polícia em Bogotá que ontem matou pelo menos 21 pessoas, incluindo o autor do ataque, e deixou 68 feridas.

"De uma só vez, um ato terrorista cometido pelo ELN custou essas vidas", disse em entrevista coletiva o ministro da Defesa colombiano, Guillermo Botero, ao referir-se às 20 vítimas mortais, sobre as quais disse que eram todos cadetes da polícia, "com idades entre 17 e talvez 22 anos".

O atentado foi cometido na manhã de ontem com um carro-bomba carregado com 80 quilos do explosivo pentolite que foram detonados dentro da Escola de Cadetes da Polícia General Francisco de Paula Santander, no sul de Bogotá.

O ministro confirmou que o autor material do atentado foi José Aldemar Rojas Rodríguez, de 56 anos, que era conhecido como "Mocho" ou "Kiko" porque entre 2008 e 2010 perdeu sua mão direita ao manipular explosivos.

"Trata-se de um explosivista da guerrilha que perdeu sua mão direita e que desde 1994 atuou como miliciano do ELN em Puerto Nuevo, no departamento de Arauca, na fronteira com a Venezuela", acrescentou.

Botero afirmou que Rojas Rodríguez "fez parte da frente Domingo Laín Sáenz", uma das mais poderosas do ELN, que opera na região de Arauca, onde comentou vários atentados contra a infraestrutura petrolífera.

"O autor material deste ato terrorista é membro do Exército de Libertação Nacional (ELN)", confirmou, por sua parte, o procurador-geral da Colômbia, Néstor Humberto Martínez, que também falou na entrevista coletiva realizada na Casa de Nariño, sede da presidência colombiana.

Martínez, que junto com o ministro Botero deu detalhes da maneira como aconteceu o atentado e das investigações que estão sendo realizadas, assegurou que as autoridades têm documentos que comprovam a filiação do terrorista ao ELN.

O governo e o ELN iniciaram em fevereiro de 2017 diálogos de paz que atualmente estão suspensos e cuja continuidade fica ainda mais em dúvida depois deste atentado, segundo analistas.

Nesse sentido, o ministro da Defesa disse ainda que, em 2015, Rojas Rodríguez "buscou ser incluído na lista de integrantes das Farc" - as desmobilizadas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia - que fizeram parte do processo de paz "para tentar obter benefícios, mas foi rejeitado taxativamente em três vezes".

"É preciso esclarecer ao país que ele (Rojas) não fez parte das extintas Farc", destacou.

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