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Colômbia exige que Farc e ELN entreguem corpos de agentes

General admitiu a possível morte dos policiais Luis Hernando Peña Bonilla e Carlos Hermán Guaqués em uma missa de ação de graças pela libertação

A morte de Peña foi descoberta após a operação de resgate de Ingrid Betancourt (AFP)

A morte de Peña foi descoberta após a operação de resgate de Ingrid Betancourt (AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2012 às 20h21.

Bogotá - O diretor da Polícia Nacional da Colômbia, o general Óscar Naranjo, exigiu nesta quarta-feira que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o Exército de Libertação Nacional (ELN) entreguem os corpos dos agentes sequestrados pelos grupos e que supostamente morreram no cativeiro.

Naranjo admitiu a possível morte dos policiais Luis Hernando Peña Bonilla e Carlos Hermán Guaqués em uma missa de ação de graças pela libertação, na última segunda-feira, dos últimos dez policiais e militares que as Rarc mantinham reféns com objetivos políticos.

''As Farc estão em dívida com o país, com as famílias e com o julgamento que a história fará se não devolverem os corpos dos dois policiais assassinados'', disse o general.

Naranjo se referiu aos corpos do ''sargento Peña, sequestrado e assassinado pelas Farc'', e do ''agente Carlos Hermán Guaqués'', sequestrado pelo ELN, segundo maior grupo guerrilheiro do país.

A morte de Peña, sequestrado após o ataque das Farc à base de Mitú, capital do departamento de Vaupés, em 1º de novembro de 1998, foi descoberta após a operação de resgate de Ingrid Betancourt, três cidadãos americanos e 11 policiais e militares em 2008.

Um dos policiais libertados na ocasião, o intendente Armando Castellanos, disse publicamente que Peña havia sido assassinado por ordem de Víctor Julio Suárez Rojas, chefe militar das Farc morto em combates em 2010, conhecido como ''Mono Jojoy'', e do preso ''Martín Sombra'', cujo verdadeiro nome é Helí Mejía Mendoza.

A situação de Guaqués, que havia sido identificado até agora como Robert Guaquez Nupan, é conhecida há pelo menos dois anos através de investigações da inteligência do Exército colombiano, que apontavam para morte por causas não precisas enquanto estava em poder do ELN.

O comandante do Exército Nacional, o general Sergio Mantilla, advertiu na terça-feira que ao menos 50 militares desapareceram nos anos 90 nas zonas de influência das Farc.

''É muito provável que muitos dos militares que não aparecem tenham sido mortos em combate e abandonados'', assinalou a ex-senadora colombiana Piedad Córdoba, que anunciou que a próxima tarefa do grupo Colombianas e Colombianos pela Paz (CCP), que está sob seu comando, será averiguar o paradeiro dos inúmeros civis e militares desaparecidos.

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