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Colômbia envia queixa à emissora que ligou país à cocaína

Apresentadores da Triple M disseram que 'o país é mais conhecido pela cocaína do que pelo café'

Torcedor colombiano em jogo contra a Costa do Marfim: comentário ocorreu antes da partida (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2014 às 22h26.

Bogotá - A chancelaria da Colômbia enviou nesta terça-feira uma queixa formal à emissora "Triple M", da Austrália, por causa dos comentários feitos por dois apresentadores que relacionaram o país à produção de cocaína.

O Ministério das Relações Exteriores informou que, na queixa, pede que a emissora "retifique, peça desculpas e puna os responsáveis por fazer comentários que violam a lei australiana (de discriminação racial)".

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Os apresentadores Matt Tilley e Joe Hildebrand disseram na quarta-feira passada, véspera da partida entre Colômbia e Costa do Marfim, que "a seleção sul-americana é conhecida como cafeicultora, quando na verdade o país é mais conhecido pela cocaína do que pelo café".

"A equipe da Colômbia foi descrita como a de um país de cafeicultores, mas eu me pergunto, será que são reconhecidos pelo café? Parece que quando alguém menciona a Colômbia a primeira coisa que as pessoas lembram é da cocaína", comentaram durante o programa "The One Percenters".

Na carta dirigida aos diretores da emissora, a chancelaria destacou que esses comentários "ofendem seriamente uma nação como a Colômbia, líder na luta contra o problema mundial das drogas, flagelo que causou um grande sofrimento ao país".

"A embaixada da Colômbia e o consulado da Colômbia em Sydney rejeitam categoricamente o conteúdo destes comentários, contrários ao espírito da Austrália", país que tem uma grande comunidade de estudantes e trabalhadores colombianos.

Na semana passada a chancelaria colombiana também pediu explicações ao governo da Holanda e à Unicef por um "meme" publicado no Twitter pela atriz holandesa Nicolette Van Dam, que associou os jogadores Radamel Falcao Garcia e James Rodríguez com a cocaína.

O protesto da Colômbia levou Nicolette a renunciar ao cargo de embaixadora da boa vontade do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

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