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Colômbia anunciará em Caracas diálogos de paz com o ELN

O governo de Juan Manuel Santos se encontra desde janeiro de 2014 em diálogos preliminares com a guerrilha do ELN


	Soldados do ELN: os diálogos com o ELN, 2ª guerrilha depois das Farc, transcorrerão principalmente no Equador
 (Carlos Villalon/Getty Images)

Soldados do ELN: os diálogos com o ELN, 2ª guerrilha depois das Farc, transcorrerão principalmente no Equador (Carlos Villalon/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 30 de março de 2016 às 12h02.

O governo da Colômbia anunciará nesta quarta-feira, em Caracas, o início dos diálogos de paz com a guerrilha do ELN, com a qual mantém conversações exploratórias há mais de dois anos para por fim a meio século de conflito armado.

"O governo da Colômbia e o Exército da Libertação Nacional (ELN) convidam os meios de comunicação nacionais e internacionais a um anúncio conjunto que será realizado ao fim do dia 30 de março de 2016 em Caracas", assinala o Escritório para a Paz da Presidência colombiana em um comunicado.

O governo de Juan Manuel Santos se encontra desde janeiro de 2014 em diálogos preliminares com a guerrilha do ELN visando a uma negociação formal e similar à que desenvolve há mais de três anos em Cuba com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

Fontes oficiais indicaram que no ato desta quarta estará presente Frank Pearl, delegado do governo no processo de paz com as Farc e encarregado das negociações na fase exploratória com o ELN.

Os diálogos com o ELN, segunda guerrilha colombiana depois das Farc, transcorrerão principalmente no Equador, mas não foi descartado que outros países da região também possam ser a sede do processo.

O ELN, fundado em 1964 sob influência da revolução cubana, conta atualmente com 1.500 combatentes, segundo cifras oficiais.

O conflito colombiano, que começou com um levante camponês nos anos 1960, foi protagonizado, em mais de 50 anos, por guerrilhas de esquerda, paramilitares de direita e forças pública, e deixou 260.000 mortos, 45.000 desaparecidos e 6,8 milhões de deslocados.

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