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Colômbia acusa Venezuela de omitir informações do zika vírus

O ministro acrescentou que "a questão da fronteira com a Venezuela é um fator agravante desta situação"


	Aedes aegypti: O ministro acrescentou que "a questão da fronteira com a Venezuela é um fator agravante desta situação"
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Aedes aegypti: O ministro acrescentou que "a questão da fronteira com a Venezuela é um fator agravante desta situação" (.)

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Da Redação

Publicado em 1 de fevereiro de 2016 às 13h27.

Bogotá - O ministro da Saúde da Colômbia, Alejandro Gaviria, afirmou nesta segunda-feira que a Venezuela guarda silêncio sobre o zika. Além disso, a autoridade estimou em até 650 mil os casos do vírus que poderiam ocorrer neste ano em território colombiano.

"Na Venezuela existe o que se conhece como silêncio epidemiológico" em relação ao problema, disse Gaviria, porque "não há um relatório sistemático dos dados e isso é um problema grave", avaliou ele, durante entrevista à emissora local Blu Radio.

O Ministério da Saúde colombiano registrou em seu último relatório 80 casos da síndrome de Guillain-Barré relacionados ao vírus. Na avaliação de Gaviria, na Venezuela poderia haver mais doentes que na Colômbia.

O ministro acrescentou que "a questão da fronteira com a Venezuela é um fator agravante desta situação".

Gaviria afirmou que a Colômbia pode registrar 650 mil casos de zika e 1.512 de Guillain-Barré neste ano.

O vice-ministro da Saúde, Fernando Ruiz, disse que o número de pessoas com zika na Colômbia estava em 20.297.

Segundo Ruiz, desse total há 2.116 grávidas. Em uma semana este número praticamente dobrou, já que no relatório anterior havia o registro de 1.090 grávidas contaminadas pelo vírus.

No Departamento (Estado) de Norte de Santander, na fronteira com a Venezuela, há 4.060 casos da doença, segundo o Ministério da Saúde colombiano.

Até agora, porém, não foi confirmado nenhum caso de microcefalia no país relacionado à doença.

"Como havíamos dito, o zika aumentaria na Colômbia. Infelizmente, aumentamos de três a quatro mil casos por semana e neste momento estamos na fase de expansão da epidemia", disse Ruiz.

Nesta segunda-feira, começou na cidade caribenha de Cartagena de Indias a segunda etapa do que o governo chamou de "volta à Colômbia" contra a zika, que busca transmitir informações à população para enfrentar o vírus.

Uma recente circular do governo aconselhou as colombianas a não engravidar até que seja superado o período crítico de propagação do vírus.

O zika foi relacionado à microcefalia, um problema congênito pelo qual os bebês nascem com a cabeça muito pequena.

O vírus surgiu na África na década de 1940, se disseminou pela Ásia e apareceu nas Américas em maio passado.

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