COI quer presunção de inocência para dirigente preso no Rio
Esta reação do COI acontece depois que foi expedido um mandado de prisão por suposta ligação com um esquema de vendas ilegais de ingressos para os Jogos
Da Redação
Publicado em 17 de agosto de 2016 às 14h03.
Rio de Janeiro - O Comitê Olímpico Internacional ( COI ) disse nesta quarta-feira que ainda não tomou conhecimento oficialmente das acusações contra um de seus membros e também presidente do Comitê Olímpico Irlandês, Patrick Hickey, de 71 anos, de envolvimento com um esquema internacional de venda ilegal de ingressos, e defendeu que ele tenha a presunção de inocência garantida.
"Estamos tentando fundamentar os fatos e ver o que aconteceu. Confiamos plenamente no sistema, mas há de se presumir a inocência de qualquer pessoa antes de acusá-la. Tal como está a investigação não temos mais que dizer e estamos esperando resultados da investigação policial", declarou o porta-voz do COI, Mark Adams.
Esta primeira reação do COI acontece depois que a juíza Mariana Chu, do Juizado de Torcedores e de Grandes Eventos do Tribunal de Justiça do Rio, expediu um mandado de prisão contra o dirigente irlandês e outros três executivos por suposta ligação com um esquema de vendas ilegais de ingressos para os Jogos do Rio.
"A Polícia não pediu informações ao COI, mas quando o fizerem, daremos. São acusações ao Comitê Irlandês, sobre a retenção de mil ingressos para serem vendidos ilegalmente, mas sua participação (a de Hickey) não está provada. Nós nos apegamos ao sistema de justiça brasileiro, não há fatos imputados", acrescentou Adams.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu Hickey, que também é presidente da associação dos comitês olímpicos europeus, na manhã desta quarta-feira em um hotel na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio.
Após a detenção, Hickey passou mal e foi levado a um hospital, segundo o COI.
Perguntado sobre se o COI sente vergonha pela ordem de prisão contra Hickey e se o sistema que permite aos comitês nacionais distribuir ingressos aumenta a corrupção, o porta-voz da entidade insistiu que espera conhecer as acusações ao Comitê Irlandês para ver "o que pode ser feito".
"Vamos ver que acusações existem. Se o comitê está envolvido na venda ilegal, a polícia tem que fazer seu trabalho e nós a apoiaremos, mas não vamos fazer conjecturas. Este caso trata de mil entradas do Comitê Irlandês e há 6,5 milhões de ingressos que estão à venda para os Jogos do Rio. É a maior operação de ingressos em qualquer evento", ressaltou Adams.
Em nome do Comitê Organizador do Rio 2016, o diretor de comunicação Mario Andrada explicou que o sistema de vendas de ingressos para os Jogos foi elaborado em colaboração com a polícia, e foi determinado um modelo "sem intermediários, para facilitar o trabalho desta", que colaborou para a prisão de cambistas no Parque Olímpico nos primeiros dias dos Jogos.
Rio de Janeiro - O Comitê Olímpico Internacional ( COI ) disse nesta quarta-feira que ainda não tomou conhecimento oficialmente das acusações contra um de seus membros e também presidente do Comitê Olímpico Irlandês, Patrick Hickey, de 71 anos, de envolvimento com um esquema internacional de venda ilegal de ingressos, e defendeu que ele tenha a presunção de inocência garantida.
"Estamos tentando fundamentar os fatos e ver o que aconteceu. Confiamos plenamente no sistema, mas há de se presumir a inocência de qualquer pessoa antes de acusá-la. Tal como está a investigação não temos mais que dizer e estamos esperando resultados da investigação policial", declarou o porta-voz do COI, Mark Adams.
Esta primeira reação do COI acontece depois que a juíza Mariana Chu, do Juizado de Torcedores e de Grandes Eventos do Tribunal de Justiça do Rio, expediu um mandado de prisão contra o dirigente irlandês e outros três executivos por suposta ligação com um esquema de vendas ilegais de ingressos para os Jogos do Rio.
"A Polícia não pediu informações ao COI, mas quando o fizerem, daremos. São acusações ao Comitê Irlandês, sobre a retenção de mil ingressos para serem vendidos ilegalmente, mas sua participação (a de Hickey) não está provada. Nós nos apegamos ao sistema de justiça brasileiro, não há fatos imputados", acrescentou Adams.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu Hickey, que também é presidente da associação dos comitês olímpicos europeus, na manhã desta quarta-feira em um hotel na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio.
Após a detenção, Hickey passou mal e foi levado a um hospital, segundo o COI.
Perguntado sobre se o COI sente vergonha pela ordem de prisão contra Hickey e se o sistema que permite aos comitês nacionais distribuir ingressos aumenta a corrupção, o porta-voz da entidade insistiu que espera conhecer as acusações ao Comitê Irlandês para ver "o que pode ser feito".
"Vamos ver que acusações existem. Se o comitê está envolvido na venda ilegal, a polícia tem que fazer seu trabalho e nós a apoiaremos, mas não vamos fazer conjecturas. Este caso trata de mil entradas do Comitê Irlandês e há 6,5 milhões de ingressos que estão à venda para os Jogos do Rio. É a maior operação de ingressos em qualquer evento", ressaltou Adams.
Em nome do Comitê Organizador do Rio 2016, o diretor de comunicação Mario Andrada explicou que o sistema de vendas de ingressos para os Jogos foi elaborado em colaboração com a polícia, e foi determinado um modelo "sem intermediários, para facilitar o trabalho desta", que colaborou para a prisão de cambistas no Parque Olímpico nos primeiros dias dos Jogos.