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Cineasta James Cameron alerta para violência causada por barragem de Belo Monte

"O governo brasileiro não está ouvindo a comunidade indígena", disse o cineasta

Desde que terminou seu trabalho em Avatar, Cameron fez três viagens à região amazônica onde a represa será construída (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2011 às 06h03.

Washington - O cineasta James Cameron afirmou nesta quinta-feira que tribos da Floresta Amazônica podem recorrer à violência para bloquear a construção da barragem da usina de Belo Monte.

"Os Caiapós estão indo lutar", afirmou Cameron à AFP, em Washington, onde foi nomeado "explorador em residência" da National Geographic.

"Eles não vão simplesmente dar de ombros e ir embora. Eles são a tribo mais agressiva na área" da bacia do rio Xingu, onde o governo brasileiro está avançando com os planos para construir a barragem de Belo Monte, de 11 bilhões de dólares, apesar dos protestos de moradores contrários ao projeto.

"O governo brasileiro não está ouvindo a comunidade indígena", disse Cameron.

"Eles estão determinados a construir esta barragem, que vai ser a terceira maior e, provavelmente, a mais ineficiente do mundo", disse o diretor de Avatar, que conta a história de como o povo pacífico Na'Vi, do planeta Pandora, é forçado a lutar contra mineiros do planeta Terra que tentam destruir sua sociedade para colocar as mãos em um recurso mineral precioso, unobtainium.

Desde que terminou seu trabalho em Avatar, Cameron fez três viagens à região amazônica onde a represa será construída.

O governo brasileiro argumenta que a barragem é necessária para atender às necessidades crescentes de energia do Brasil e para impulsionar o crescimento econômico, com o intuito de elevar o padrão de vida da maioria dos brasileiros.

"Eles poderiam facilmente resolver suas necessidades energéticas através de iniciativas eficientes por uma fração do custo de construção da barragem, e eles não teriam que destruir tanta floresta tropical e deslocar 25.000 indígenas", disse Cameron.

Em abril, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) pediu ao Brasil que "suspendesse imediatamente o processo de licenciamento" da barragem, e convocou a proteção dos povos indígenas na bacia do rio Xingu, cujas vidas e "integridade física" seriam ameaçadas pelo projeto.

A barragem desviaria 80% do fluxo do rio Xingu para um reservatório artificial, "potencialmente levando ao deslocamento forçado de milhares de pessoas", afirma a entidade sem fins lucrativos Amazon Watch, que luta pelos direitos dos povos indígenas e pela proteção do meio-ambiente na Amazônia, em seu site.

No entanto, há duas semanas, o governo brasileiro concedeu uma licença de instalação para a hidrelétrica de Belo Monte, abrindo caminho para o início da construção já no próximo mês.

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Washington - O cineasta James Cameron afirmou nesta quinta-feira que tribos da Floresta Amazônica podem recorrer à violência para bloquear a construção da barragem da usina de Belo Monte.

"Os Caiapós estão indo lutar", afirmou Cameron à AFP, em Washington, onde foi nomeado "explorador em residência" da National Geographic.

"Eles não vão simplesmente dar de ombros e ir embora. Eles são a tribo mais agressiva na área" da bacia do rio Xingu, onde o governo brasileiro está avançando com os planos para construir a barragem de Belo Monte, de 11 bilhões de dólares, apesar dos protestos de moradores contrários ao projeto.

"O governo brasileiro não está ouvindo a comunidade indígena", disse Cameron.

"Eles estão determinados a construir esta barragem, que vai ser a terceira maior e, provavelmente, a mais ineficiente do mundo", disse o diretor de Avatar, que conta a história de como o povo pacífico Na'Vi, do planeta Pandora, é forçado a lutar contra mineiros do planeta Terra que tentam destruir sua sociedade para colocar as mãos em um recurso mineral precioso, unobtainium.

Desde que terminou seu trabalho em Avatar, Cameron fez três viagens à região amazônica onde a represa será construída.

O governo brasileiro argumenta que a barragem é necessária para atender às necessidades crescentes de energia do Brasil e para impulsionar o crescimento econômico, com o intuito de elevar o padrão de vida da maioria dos brasileiros.

"Eles poderiam facilmente resolver suas necessidades energéticas através de iniciativas eficientes por uma fração do custo de construção da barragem, e eles não teriam que destruir tanta floresta tropical e deslocar 25.000 indígenas", disse Cameron.

Em abril, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) pediu ao Brasil que "suspendesse imediatamente o processo de licenciamento" da barragem, e convocou a proteção dos povos indígenas na bacia do rio Xingu, cujas vidas e "integridade física" seriam ameaçadas pelo projeto.

A barragem desviaria 80% do fluxo do rio Xingu para um reservatório artificial, "potencialmente levando ao deslocamento forçado de milhares de pessoas", afirma a entidade sem fins lucrativos Amazon Watch, que luta pelos direitos dos povos indígenas e pela proteção do meio-ambiente na Amazônia, em seu site.

No entanto, há duas semanas, o governo brasileiro concedeu uma licença de instalação para a hidrelétrica de Belo Monte, abrindo caminho para o início da construção já no próximo mês.

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