Mundo

Cidade no Iraque começa a receber ajuda após fim do cerco

Forças de segurança, apoiadas por milícias xiitas aliadas do Irã, e ataques dos EUA interromperam o cerco de dois meses realizado por integrantes do EI


	Forças de segurança do Iraque: "algumas pessoas saíram de casa e andaram pelas ruas", dise militar
 (Reuters/Stringer)

Forças de segurança do Iraque: "algumas pessoas saíram de casa e andaram pelas ruas", dise militar (Reuters/Stringer)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de setembro de 2014 às 13h24.

Bagdá - Ajuda humanitária começou a chegar nesta segunda-feira à cidade iraquiana de Amirli, um dia depois de forças de segurança, apoiadas por milícias xiitas, aliadas do Irã, e ataques aéreos norte-americanos, terem interrompido um cerco de dois meses realizado por integrantes do grupo sunita Estado Islâmico.

Ali al-Bayati, que lidera a organização não-governamental Fundação da Salvação Turcomena, disse que quatro caminhões cheios de alimentos, remédios e frutas entraram na cidade.

A ajuda foi enviada pelo governo iraquiano e pelo Crescente Vermelho Iraquiano, disse ele, acrescentando que os soldados começaram a entregar comida para as famílias em suas casas na noite de domingo.

"A situação está voltando ao normal, mas gradualmente", disse Al-Bayati à Associated Press. "Algumas pessoas saíram de casa e andaram pelas ruas. As lojas ainda estão fechadas, mas as pessoas estão felizes em ver sua cidade protegida pelas forças de segurança iraquianas", afirmou.

Desde o início deste ano, o Iraque vem enfrentando uma crescente insurgência sunita, liderada pelo Estado Islâmico, grupo que já foi ligado à Al-Qaeda, e militantes aliados que tomaram o norte e o oeste do país. A crise é a pior desde a saíra das tropas norte-americanas do Iraque, em 2001.

No domingo, as forças de segurança conseguiram interromper os dois meses de cerco impostos pelos militantes a Amirli, de onde cerca de 15 mil turcomenos não podiam sair.

Milhares de milicianos xiitas, apoiados pelo Irã, responderam aos chamados do grande aiatolá Ali al-Sistani, que vive no Iraque, para que se juntassem às forças do governo no combate aos insurgentes sunitas.

Os ataques aéreos norte-americanos que ajudaram a libertar Amirli foram os primeiros a atingir áreas onde milícias apoiadas pelo Irã combatem militantes sunitas, possivelmente delineando uma improvável aliança entre Estados Unidos e milicianos xiitas, que já lutaram contra soldados norte-americanos no Iraque.

Desde 8 de agosto, os Estados Unidos já realizaram pelo menos 120 ataques aéreos com jatos tripulados e aeronaves não tripuladas (drones), contra áreas que fazem fronteira com a região autônoma do Curdistão, onde forças curdas vem combatendo os militantes sunitas.

Fonte: Associated Press.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEstado IslâmicoIrã - PaísIraqueIslamismoSunitasXiitas

Mais de Mundo

Israel reconhece que matou líder do Hamas em julho, no Irã

ONU denuncia roubo de 23 caminhões com ajuda humanitária em Gaza após bombardeio de Israel

Governo de Biden abre investigação sobre estratégia da China para dominar indústria de chips

Biden muda sentenças de 37 condenados à morte para penas de prisão perpétua