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Cidade indonésia vai exigir teste de virgindade para alunas

De acordo com plano do secretário de educação, adolescentes com idade entre 16 e 19 anos passariam por testes anuais de “checagem de hímen” até a formatura


	Mulher indonésia: país tem maioria muçulmana e a virgindade feminina é especialmente valorizada nas áreas mais rurais
 (Getty Images)

Mulher indonésia: país tem maioria muçulmana e a virgindade feminina é especialmente valorizada nas áreas mais rurais (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 26 de agosto de 2013 às 11h41.

São Paulo – A partir do ano que vem, um teste de virgindade pode fazer parte do processo de admissão de garotas no ensino médio do distrito de Prabumulih, na Indonésia, que fica a cerca de 500 quilômetros de Jacarta. Este é o plano do secretário de Educação do município, Muhammad Rasyid. O objetivo dele, segundo a imprensa local, é “proteger as crianças da prostituição e do sexo antes do casamento”.

Rasyid ainda afirmou que o plano é para “o bem das meninas”, que teriam “direito” à virgindade. As garotas de 16 a 19 anos passariam por testes anuais de “checagem de hímen” até a formatura. Não haveria investigações para averiguar a virgindade dos garotos.

Ainda não foi esclarecido pelo secretário como serão feitos tais testes e o que será feito com os resultados – se eles vão determinar a continuidade dos estudos das garotas que não são mais virgens ou se serão divulgados.

Segundo o Jakarta Globe, o secretário de Educação já propôs um orçamento para que os testes sejam feitos a partir de 2014. De acordo com o jornal, o Ministério da Educação da Indonésia se pronunciou afirmando que pode apenas se colocar contra a política, mas ela é determinada localmente.

Os testes vieram em resposta a uma onda de “promiscuidade” que estaria afetando a região, segundo o site local Kompas, e que incluiria casos de sexo antes do casamento e até a prisão de seis estudantes do colegial por suposta prostituição.

A medida foi rejeitada por diversos setores da Indonésia, de acordo com o Jakarta Globe. Segundo o jornal, grupos de direitos humanos e de ativismo feminista, contrários à proposta, argumentam que a virgindade pode ser perdida de maneira não consensual (estupro) ou até, em alguns casos, em acidentes esportivos, por exemplo.

Ano passado, legisladores da Indonésia propuseram uma lei para banir minissaias que foi barrada. Neste ano, uma província proibiu a contratação de mulheres bonitas para cargos públicos para “evitar o adultério no trabalho”.

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