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Cidade da Líbia sofre o bombardeio mais violento desde início de cerco

Durante o ataque no antigo reduto do grupo Estado Islâmico, o marechal Hafter utilizou bombas de fósforo, que são proibidas pelas leis internacionais

O cerco sobre a cidade se intensificou a partir de fevereiro deste ano, apesar de o "Al Karama" ter anunciado em junho sua libertação (Reuters/Reuters)

O cerco sobre a cidade se intensificou a partir de fevereiro deste ano, apesar de o "Al Karama" ter anunciado em junho sua libertação (Reuters/Reuters)

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EFE

Publicado em 6 de agosto de 2018 às 15h31.

Trípoli - A cidade líbia de Derna, antigo reduto do grupo Estado Islâmico (EI), é desde o domingo palco de violentos ataques aéreos das forças do "Al Karama" (Dignidade), comandadas pelo marechal Khalifa Hafter, contra milícias rivais, explicou uma fonte de segurança local que preferiu não revelar sua identidade.

"Trata-se do bombardeio mais violento que a cidade sofreu até o momento. Hafter utilizou bombas de fósforo, que estão proibidas pelas leis internacionais", disse a fonte, se baseando nas imagens que circulam nas redes sociais e onde se podem ver dezenas de bombas lançadas de aviões "estrangeiros", embora não se saiba até o momento o número de vítimas.

Além disso, denunciou "os vários crimes cometidos contra civis: roubos, saques de dinheiro e de bens, assim como a destruição da maioria dos monumentos da cidade".

Após o ataque, a plataforma de milícias islamitas "Proteção de Derna", leal ao Governo de Trípoli sustentado pelas Nações Unidas, respondeu com artilharia média e pesada até a madrugada desta segunda-feira, principalmente nos bairros do centro e da cidade velha.

As forças salafistas que resistem no interior de Derna denunciam que os bombardeios aéreos são obra de caças-bombardeiros dos Emirados Árabes Unidos, país que junto à Arábia Saudita e à Rússia apoiam Hafter, considerado o homem forte do leste do país.

O cerco sobre a cidade, imposto pelas tropas de Hafter desde julho de 2017, se intensificou a partir de fevereiro deste ano, apesar de o "Al Karama" ter anunciado em junho sua libertação.

A isso se soma a escassez de combustível e outros tipos de fontes de energia, assim como de alimentos frescos e remédios, o que levou organizações locais e o Conselho de Idosos de Derna a advertir da grave crise humanitária que sofrem seus 130 mil habitantes.

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