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Cidade chinesa cria centro para abandono de bebês

Cidade na China onde o elevado número de abandonos de bebês preocupa as autoridades construiu centro para que a prática seja feita em condições mais seguras

Um bebê chinês no colo da mãe: o centro possui berços, incubadoras, ventiladores e outros equipamentos, segundo jornal (Goh Chai Hin/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de dezembro de 2013 às 12h24.

Pequim - A cidade de Shenzhen, na China , onde o elevado número de abandonos de bebês na rua preocupa as autoridades, construiu um centro para que esta prática pelo menos seja feita em condições mais seguras, informou nesta quarta-feira a imprensa local.

Segundo o jornal "South China Morning Post", o centro, uma pequena instalação em uma rua da cidade, com berços, incubadoras, ventiladores e outros equipamentos, vai garantir aos pais naturais o anonimato (não haverá câmeras de vigilância) e garantias que eles não serão perseguidos pela lei.

Este tipo de lar adotivo estará localizado ao lado do Centro de Bem-Estar Social de Shenzhen, que desde a sua criação, em 1992, atendeu mais de 3.500 bebês abandonados na cidade de 10 milhões de habitantes, uma das mais populosas do país.

Os interessados em usar o centro de abandono podem ir ao local, que normalmente estará vazio, deixar o bebê e pressionar um botão para que, minutos depois, responsáveis possam ir buscá-lo.

Shenzhen, vizinha a Hong Kong, é um dos principais centros industriais do país asiático, e segundo especialistas muitos dos abandonados são filhos de mães solteiras imigrantes que trabalham nas fábricas da área com duras condições trabalhistas.

Todos os anos, quase uma centena desses casos são relatados na cidade, também famosa nos últimos tempos por ser o local onde são fabricados os iPhones e iPads e pela onda de suicídios ocorridos na Foxconn, a sócia taiuanesa da Apple, onde os produtos são montados.

De acordo com um estudo feito pelas autoridades de saúde da província de Cantão, onde Shenzhen está localizada, cerca de um quarto dos imigrantes na jurisdição provincial engravidaram fora do casamento, uma situação que é um crime na China.

Muitas mulheres solteiras, abandonadas por seus namorados ao ficarem grávidas, recorrem ao abandono ou inclusive ao homicídio do recém-nascido, em atos de extremo desespero e medo de cumprir penas de prisão ou enfrentar grandes multas.

As autoridades locais de Shenzhen consideraram que o novo centro para o abandono é um mal necessário para uma cidade onde nos últimos anos foram encontrados bebês em banheiros públicos, ao ar livre ou inclusive em lixeiras.

No entanto, o centro, que entrará em funcionamento definitivo em 2014, foi recebido com polêmica na cidade, e as enquetes mostram que muitos moradores temem que contribua para um aumento nos abandonos de crianças.

Outras cidades do país, como Xian, planejam imitar o exemplo de Shenzhen.

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Pequim - A cidade de Shenzhen, na China , onde o elevado número de abandonos de bebês na rua preocupa as autoridades, construiu um centro para que esta prática pelo menos seja feita em condições mais seguras, informou nesta quarta-feira a imprensa local.

Segundo o jornal "South China Morning Post", o centro, uma pequena instalação em uma rua da cidade, com berços, incubadoras, ventiladores e outros equipamentos, vai garantir aos pais naturais o anonimato (não haverá câmeras de vigilância) e garantias que eles não serão perseguidos pela lei.

Este tipo de lar adotivo estará localizado ao lado do Centro de Bem-Estar Social de Shenzhen, que desde a sua criação, em 1992, atendeu mais de 3.500 bebês abandonados na cidade de 10 milhões de habitantes, uma das mais populosas do país.

Os interessados em usar o centro de abandono podem ir ao local, que normalmente estará vazio, deixar o bebê e pressionar um botão para que, minutos depois, responsáveis possam ir buscá-lo.

Shenzhen, vizinha a Hong Kong, é um dos principais centros industriais do país asiático, e segundo especialistas muitos dos abandonados são filhos de mães solteiras imigrantes que trabalham nas fábricas da área com duras condições trabalhistas.

Todos os anos, quase uma centena desses casos são relatados na cidade, também famosa nos últimos tempos por ser o local onde são fabricados os iPhones e iPads e pela onda de suicídios ocorridos na Foxconn, a sócia taiuanesa da Apple, onde os produtos são montados.

De acordo com um estudo feito pelas autoridades de saúde da província de Cantão, onde Shenzhen está localizada, cerca de um quarto dos imigrantes na jurisdição provincial engravidaram fora do casamento, uma situação que é um crime na China.

Muitas mulheres solteiras, abandonadas por seus namorados ao ficarem grávidas, recorrem ao abandono ou inclusive ao homicídio do recém-nascido, em atos de extremo desespero e medo de cumprir penas de prisão ou enfrentar grandes multas.

As autoridades locais de Shenzhen consideraram que o novo centro para o abandono é um mal necessário para uma cidade onde nos últimos anos foram encontrados bebês em banheiros públicos, ao ar livre ou inclusive em lixeiras.

No entanto, o centro, que entrará em funcionamento definitivo em 2014, foi recebido com polêmica na cidade, e as enquetes mostram que muitos moradores temem que contribua para um aumento nos abandonos de crianças.

Outras cidades do país, como Xian, planejam imitar o exemplo de Shenzhen.

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