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Cidadãos fazem vigília diante do Muro de Berlim

Parte da famosa "East Side Gallery" pode ser detruída devido a algumas obras iminentes

Manifestantes tentam impedir perfuração do Muro de Berlim: ontem, cerca de 5 mil pessoas participaram de uma concentração, que consistiu em uma série de atrações musicais e intervenções. (©afp.com / Odd Andersen)
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Da Redação

Publicado em 4 de março de 2013 às 14h04.

Berlim - Cidadãos da capital alemã, artistas e membros de ONGs começaram nesta segunda-feira a vigiar o maior trecho do Muro de Berlim que ainda permanece de pé, para evitar a destruição de uma parte da famosa "East Side Gallery", devido a algumas obras iminentes.

Isso acontece no contexto dos protestos massivos registrados nos últimos dias em Berlim por conta da construção de um quarteirão de imóveis de luxo onde antes foi a Faixa da Morte, o que obrigou o construtor do projeto a renunciar a retirar mais partes da "East Side Gallery" até 18 de março.

Hoje chegaram à região artistas como o iraniano Kani Alavi, um dos encarregados de decorar o Muro de Berlim nos anos 1990, que em declaração à Agência Efe estimou que é relevante que o movimento cidadão continue, já que no passado "foram destruídas partes do outro lado da cidade e esse trecho deve ser conservado".

Alavi admitiu "ter medo" de que aconteça ali o que aconteceu em "Ckeckpoint Charlie", a passagem fronteiriça mais famosa do Muro de Berlim entre 1945 e 1990, onde "chegaram de noite e retiraram o muro", afirmou.

Por isso, acrescentou, é importante que haja cidadãos vigiando permanentemente o lugar.

O desenhista Robert Muschinskí, membro da organização "Spreeufer für alle" (Spree para todos), considerou "relevante que "East Side Gallery" seja conservado para que as pessoas mais jovens conheçam o Muro de Berlim e possam imaginar a experiência de viver separadas por um muro".

Muschinskí acrescentou que pensa em ir todos os dias ao local do litígio para informar aos visitantes sobre o que está sucedendo.


O berlinense Lutz Urbanczyk-Bosse, quem no passado escapou do lado este ao oeste do muro por motivos familiares, assegurou que "há mais espaço para construir" na zona onde fica o "East Side Gallery" e que é "importante que continue aqui, para que meus filhos e netos possam ver parte da história".

Lutz Urbanczyk-Bosse não assistiu à concentração de ontem, mas, segundo assinalou, foi pioneiro no Facebook de montar uma guarda na área para impedir a destruição.

A edificação de um quarteirão de luxo obrigava as autoridades a abrir um buraco no lance mais emblemático do Muro de Berlim, para dar acesso à rua aos novos imóveis.

No entanto, a população não demorou a reagir e ontem cerca de 5 mil pessoas participaram de uma concentração, que consistiu em uma série de atrações musicais e intervenções.

Nesta tarde, membros do movimento e da plataforma change.org, entre outros, participarão de reuniões para definir a postura que tomarão e as ações a realizar, às vesperas do 18 de março.

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Berlim - Cidadãos da capital alemã, artistas e membros de ONGs começaram nesta segunda-feira a vigiar o maior trecho do Muro de Berlim que ainda permanece de pé, para evitar a destruição de uma parte da famosa "East Side Gallery", devido a algumas obras iminentes.

Isso acontece no contexto dos protestos massivos registrados nos últimos dias em Berlim por conta da construção de um quarteirão de imóveis de luxo onde antes foi a Faixa da Morte, o que obrigou o construtor do projeto a renunciar a retirar mais partes da "East Side Gallery" até 18 de março.

Hoje chegaram à região artistas como o iraniano Kani Alavi, um dos encarregados de decorar o Muro de Berlim nos anos 1990, que em declaração à Agência Efe estimou que é relevante que o movimento cidadão continue, já que no passado "foram destruídas partes do outro lado da cidade e esse trecho deve ser conservado".

Alavi admitiu "ter medo" de que aconteça ali o que aconteceu em "Ckeckpoint Charlie", a passagem fronteiriça mais famosa do Muro de Berlim entre 1945 e 1990, onde "chegaram de noite e retiraram o muro", afirmou.

Por isso, acrescentou, é importante que haja cidadãos vigiando permanentemente o lugar.

O desenhista Robert Muschinskí, membro da organização "Spreeufer für alle" (Spree para todos), considerou "relevante que "East Side Gallery" seja conservado para que as pessoas mais jovens conheçam o Muro de Berlim e possam imaginar a experiência de viver separadas por um muro".

Muschinskí acrescentou que pensa em ir todos os dias ao local do litígio para informar aos visitantes sobre o que está sucedendo.


O berlinense Lutz Urbanczyk-Bosse, quem no passado escapou do lado este ao oeste do muro por motivos familiares, assegurou que "há mais espaço para construir" na zona onde fica o "East Side Gallery" e que é "importante que continue aqui, para que meus filhos e netos possam ver parte da história".

Lutz Urbanczyk-Bosse não assistiu à concentração de ontem, mas, segundo assinalou, foi pioneiro no Facebook de montar uma guarda na área para impedir a destruição.

A edificação de um quarteirão de luxo obrigava as autoridades a abrir um buraco no lance mais emblemático do Muro de Berlim, para dar acesso à rua aos novos imóveis.

No entanto, a população não demorou a reagir e ontem cerca de 5 mil pessoas participaram de uma concentração, que consistiu em uma série de atrações musicais e intervenções.

Nesta tarde, membros do movimento e da plataforma change.org, entre outros, participarão de reuniões para definir a postura que tomarão e as ações a realizar, às vesperas do 18 de março.

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