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Cidadãos da Nicarágua denunciam ataque com inseticida

Habitantes de Masaya denunciaram que um pequeno avião jogou sobre eles um líquido com cheiro de cipermetrina na madrugada desta segunda (4)

Protestos na Nicarágua: Masaya é a localidade onde ocorreram os maiores enfrentamentos entre manifestantes e forças do governo (Oswaldo Rivas / Foto de arquivo/Reuters)
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EFE

Publicado em 4 de junho de 2018 às 16h07.

Manágua - O ambiente de tensão aumentou nesta terça-feira na Nicarágua após um fim de semana no qual os organismos humanitários reportaram a morte de pelo menos sete pessoas em enfrentamentos violentos e denúncias de um ataque com inseticida na população de Masaya.

O país vive desde abril violentos protestos, que deixaram mais de cem mortos e estiveram marcados por enfrentamentos entre a população e a polícia, esta última, segundo os manifestantes, apoiada por forças "parapoliciais" governistas que atacam principalmente durante a noite.

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Habitantes da cidade de Masaya, 29 quilômetros de Manágua, denunciaram que na madrugada de segunda-feira um pequeno avião jogou um líquido com cheiro de cipermetrina, um inseticida que pode chegar a intoxicar uma pessoa, mas até agora os organismos humanitários não puderam confirmar.

Em Masaya, onde ocorreram os maiores enfrentamentos entre manifestantes e forças do Governo, os habitantes também denunciaram que são vigiados com drones.

Em Manágua, a atividade comercial é notavelmente menor, algumas das grandes lojas em shoppings fecharam suas portas ou reduziram seus horários, enquanto os mercados são menos visitados.

Os terminais de ônibus intermunicipais e interdepartamentais têm pouca afluência, devido aos bloqueios nas estradas em toda Nicarágua.

Ao mesmo tempo, no país centro-americano cresce a expectativa sobre o pronunciamento que possa surgir na Assembleia Geral da Organização de Estados Americanos (OEA), que começou hoje em Washington, e que sirva de pressão para que o presidente Daniel Ortega pare com a repressão contra a população.

A Nicarágua completa hoje 48 dias de uma crise sócio-política que deixou mais de 108 mortos durante protestos contra Ortega, segundo o Centro Nicaraguense de Direitos Humanos (CENIDH).

A atuação do Governo da Nicarágua foi condenada pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), o movimento Anistia Internacional e o Parlamento Europeu, entre outros.

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