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Ciclone Idai devasta países da África e pode chegar a mais de mil mortos

O ciclone atingiu o centro de Moçambique na noite de quinta-feira, antes de avançar pelo vizinho Zimbábue

Ciclone Idai: presidente de Moçambique diz que o número de mortos pode chegar a mais de mil pessoas (Josh Estey/Reuters)
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Reuters

Publicado em 19 de março de 2019 às 09h44.

Johanesburgo - O número de pessoas mortas em Moçambique por fortes tempestades e inundações que atingiram o sudeste da África deve aumentar significativamente, disse a Cruz Vermelha nesta terça-feira.

As equipes de resgate têm enfrentado dificuldades para avaliar a devastação causada pelo ciclone Idai, que chegou do Oceano Índico com ventos de a 170 km/h no final da semana passada, atingindo Moçambique e, depois, seus vizinhos do interior do Zimbábue e do Malaui.

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A contagem oficial de mortos em Moçambique é de 84, o presidente do país, Filipe Nyusi, disse na segunda-feira que sobrevoou algumas das áreas mais atingidas, viu corpos boiando em rios e que se estima que mais de 1.000 pessoas podem ter morrido no país.

Também morreram 98 pessoas no Zimbábue, que também registrou ao menos 200 desaparecidos, disse o governo na segunda-feira.

A tempestade atingiu a região próxima ao porto de Beira, em Moçambique, e inundou enormes áreas do local, destruindo estradas e redes de comunicações em todo território.

A Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho publicou na internet imagens de drones que mostraram prédios no assentamento costeiro da Praia Nova, fora de Beira, danificados por ventos da tempestade.

"Estamos trabalhando com a Nasa e a Agência Espacial Europeia para obter informações de satélite e ter uma visão completa das áreas afetadas e do número de pessoas presas lá", disse Caroline Haga, da Federação Internacional, à Reuters.

"Devido ao tamanho dessas áreas, esperamos que o número de mortes aumente significativamente."

As pessoas ainda estavam presas nas áreas mais elevadas do país, disse Gerald Bourke, do Programa Mundial de Alimentos da ONU.

"Não temos dados claros sobre o número de mortes, mas estamos olhando para áreas enormes que estão debaixo d'água. Estamos vendo metro após metro de aldeias sob vários metros de água", disse Bourke.

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