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CIA mentiu sobre interrogatórios, mostra relatório do Senado

Relatório do Senado revela que a Agência Central de Inteligência enganou o governo e os cidadãos sobre aspectos de seus programas de detenção e interrogatórios


	Homem caminha na entrada da sede da CIA: agência escondeu detalhes sobre a brutalidade de métodos e exagerou em alguns dos casos sobre os quais trabalhava
 (Alex Wong/Getty Images)

Homem caminha na entrada da sede da CIA: agência escondeu detalhes sobre a brutalidade de métodos e exagerou em alguns dos casos sobre os quais trabalhava (Alex Wong/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2014 às 09h30.

Washington - Um relatório da Comissão de Inteligência do Senado revela que a Agência Central de Inteligência (CIA, sigla em inglês) dos Estados Unidos, quando era dirigida por León Panetta (2009-2011), enganou o governo e os cidadãos sobre aspectos de seus programas de detenção e interrogatórios, informou nesta segunda-feira o jornal "Washington Post".

A CIA escondeu detalhes sobre a brutalidade de seus métodos e exagerou em alguns dos casos sobre os quais trabalhava, conforme explicaram à publicação fontes oficiais que tiveram acesso à minuta do relatório, que ainda não foi divulgado para o público.

Os investigadores concluem no documento que a agência exagerou na efetividade de seus métodos, assim como ocultou detalhes de seus procedimentos aos quais foram atribuídos resultados não merecidos, relatam as mesmas fontes.

"A CIA descreveu seus programas repetidamente como mecanismos para obter informações únicas de inteligência, que eram impossíveis de se conseguir de outra forma, informações que ajudaram a impedir a execução de planos terroristas e salvaram milhares de vidas. Isso foi verdade realmente? A resposta é não", explicou uma fonte oficial anônima ao "Washington Post".

O relatório, de 6.300 páginas, também revela novas informações sobre a rede de prisões secretas que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, desmantelou em 2009.

O documento evidência, além disso, as divisões dentro da CIA sobre os métodos de interrogatório, assim como casos de abusos rechaçados por alguns dos agentes devido a sua "brutalidade", garantem as fontes do jornal.

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