CIA informou desde o começo sobre 'ataque terrorista'
Petraeus disse que as referências ao ataque terrorista foram eliminadas das pautas de comunicação entregues ao Governo
Da Redação
Publicado em 16 de novembro de 2012 às 18h03.
Washington - O general reformado e ex-diretor da CIA (agência de inteligência americana) David Petraeus assegurou nesta sexta-feira que desde o começo o órgão acreditava que o ataque ao consulado dos Estados Unidos em Benghazi (Líbia), no qual morreram quatro americanos, tinha sido terrorista.
A informação foi divulgada à imprensa pelo congressista republicano Peter King, após uma audiência a portas fechadas que começou com uma declaração de 20 minutos de Petraeus e foi seguida de 70 minutos de perguntas.
No entanto, Petraeus disse que as referências ao ataque terrorista foram eliminadas das pautas de comunicação entregues ao Governo, que a princípio atribuiu o ataque a uma reação violenta espontânea por causa de um vídeo que ridicularizava o Islã.
Em seu primeiro pronunciamento no Congresso, após sua renúncia depois de se tornar pública sua relação extraconjugal, Petraeus se mostrou ''muito profissional'' e com ''grande conhecimento'' do assunto, assinalou o congressista.
Quanto a se o tema de seu caso amoroso foi comentado, King assinalou que só lhe foi perguntado a princípio se achava que isto poderia ter algum impacto em sua declaração e Petraeus respondeu que não.
King disse que o testemunho de Petraeus difere do que membros do Governo deram no dia 14 de setembro, e assinalou que o Congresso quer escutar o testemunho de membros do Departamento de Estado e de Defesa e da Casa Branca ''para saber se alguém na Casa Branca mudou as pautas de comunicação''.
O congressista afirmou que não lembra se Petraeus tinha sido tão enfático sobre que se tratava de um ataque terrorista quando informou ao comitê da câmara no dia 14 de setembro.
O congressista assinalou que não está claro como essas pautas foram utilizadas até cinco dias depois do ataque, quando a embaixadora dos EUA na ONU, Susan Rice, em uma rodada de entrevistas na televisão, manteve que tinha sido um ataque espontâneo.
O ataque ao consulado em Benghazi ainda está sob investigação e os republicanos criticaram muito a forma como o Governo do presidente Barack Obama lidou com o assunto.
A princípio, o Governo atribuiu o ataque a protestos espontâneos provocados por um vídeo de conteúdo antimuçulmano, mas depois a hipótese foi mudada e veio defendendo que tinha se tratado de um ato terrorista, perpetrado por grupos afins a Al Qaeda.
Petraeus, que falou a portas fechadas e entrou no Congresso por uma porta lateral para evitar a imprensa, declarou posteriormente à Comissão de Inteligência do Senado também a portas fechadas.
O senador John McCain disse ao canal ''NBC'' que uma pergunta vital para Petraeus é ''por que não estávamos preparados, se haviam amplas evidências - após as investidas em abril e junho ao consulado - que poderia acontecer um ataque?''.
Washington - O general reformado e ex-diretor da CIA (agência de inteligência americana) David Petraeus assegurou nesta sexta-feira que desde o começo o órgão acreditava que o ataque ao consulado dos Estados Unidos em Benghazi (Líbia), no qual morreram quatro americanos, tinha sido terrorista.
A informação foi divulgada à imprensa pelo congressista republicano Peter King, após uma audiência a portas fechadas que começou com uma declaração de 20 minutos de Petraeus e foi seguida de 70 minutos de perguntas.
No entanto, Petraeus disse que as referências ao ataque terrorista foram eliminadas das pautas de comunicação entregues ao Governo, que a princípio atribuiu o ataque a uma reação violenta espontânea por causa de um vídeo que ridicularizava o Islã.
Em seu primeiro pronunciamento no Congresso, após sua renúncia depois de se tornar pública sua relação extraconjugal, Petraeus se mostrou ''muito profissional'' e com ''grande conhecimento'' do assunto, assinalou o congressista.
Quanto a se o tema de seu caso amoroso foi comentado, King assinalou que só lhe foi perguntado a princípio se achava que isto poderia ter algum impacto em sua declaração e Petraeus respondeu que não.
King disse que o testemunho de Petraeus difere do que membros do Governo deram no dia 14 de setembro, e assinalou que o Congresso quer escutar o testemunho de membros do Departamento de Estado e de Defesa e da Casa Branca ''para saber se alguém na Casa Branca mudou as pautas de comunicação''.
O congressista afirmou que não lembra se Petraeus tinha sido tão enfático sobre que se tratava de um ataque terrorista quando informou ao comitê da câmara no dia 14 de setembro.
O congressista assinalou que não está claro como essas pautas foram utilizadas até cinco dias depois do ataque, quando a embaixadora dos EUA na ONU, Susan Rice, em uma rodada de entrevistas na televisão, manteve que tinha sido um ataque espontâneo.
O ataque ao consulado em Benghazi ainda está sob investigação e os republicanos criticaram muito a forma como o Governo do presidente Barack Obama lidou com o assunto.
A princípio, o Governo atribuiu o ataque a protestos espontâneos provocados por um vídeo de conteúdo antimuçulmano, mas depois a hipótese foi mudada e veio defendendo que tinha se tratado de um ato terrorista, perpetrado por grupos afins a Al Qaeda.
Petraeus, que falou a portas fechadas e entrou no Congresso por uma porta lateral para evitar a imprensa, declarou posteriormente à Comissão de Inteligência do Senado também a portas fechadas.
O senador John McCain disse ao canal ''NBC'' que uma pergunta vital para Petraeus é ''por que não estávamos preparados, se haviam amplas evidências - após as investidas em abril e junho ao consulado - que poderia acontecer um ataque?''.