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Chuvas volumosas no mês trarão alívio para hidrelétricas

Entretanto, elevado volume de água ainda não será suficiente para reverter a crise gerada pelas baixas precipitações da primavera

Hidrelétrica de Tucurui: avaliação é de que chuvas de janeiro deverão somente recuperar parcialmente o nível dos reservatórios (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de janeiro de 2013 às 11h30.

São Paulo - As chuvas esperadas para os próximos dias indicam que o mês de janeiro poderá terminar com precipitações acima da média em algumas áreas que abastecem importantes hidrelétricas brasileiras, mas o elevado volume de água ainda não será suficiente para reverter a crise gerada pelas baixas precipitações da primavera.

Segundo avaliação da Somar Meteorologia, as chuvas de janeiro deverão somente recuperar parcialmente o nível dos reservatórios. O governo conta com bons volumes de precipitações, além do uso intensivo das termelétricas, para afastar os riscos do racionamento de energia.

"O que o governo falou ontem tem nexo, o grande problema é que (os reservatórios) vêm com déficit muito grande, porque teve seca no inverno e na primavera", disse o meteorologista Marco Antônio dos Santos nesta quinta-feira.

Um alívio total da situação depende de chuvas acima da média por mais tempo.

Algumas áreas de Minas Gerais --Estado conhecido como "caixa d'água do Brasil" por abrigar nascentes de rios que abastecem importantes hidrelétricas-- poderão receber nos próximos quatro dias chuvas suficientes para pelo menos igualar o volume da média histórica de janeiro.


A Somar prevê que nos próximos dias deve chover mais de 200 milímetros entre o Sudeste e Centro-Oeste. A título de comparação, a região central de Mato Grosso --uma das que mais recebe chuvas em janeiro, segundo dados históricos da Somar--, recebe normalmente quase 300 milímetros em todo o mês.

O meteorologista ressaltou que o benefício das chuvas para a agricultura é muito mais imediato do que para os reservatórios das hidrelétricas.

"Vai chover, mas não recupera totalmente agora (os reservatórios), uma coisa é para a agricultura, outra coisa é para reservatório. Chuva de 100 milímetros para agricultura é uma coisa, para reservatório é outra", disse ele, explicando que a melhora do nível das represas é mais lenta, dependendo da chegada de um maior volume de água. Para agricultura, o impacto é imediato.

Segundo Santos, se a primavera tivesse sido chuvosa, a situação dos reservatórios seria diferente, diante da boas chuvas esperadas para os próximos dias.

No caso da região Nordeste, afetada recentemente por uma das piores secas em décadas, as chuvas não chegarão nos mesmos volumes que no centro-sul.

"Vai chover, mas não vai ter tanta chuva como no centro-sul, reverte o padrão de seca observado nas últimas semanas... recupera, lógico. Qualquer chuva é benéfica para as áreas", disse ele, comentando sobre as represas do Nordeste.

Os principais reservatórios de hidrelétricas do Sudeste e do Nordeste ainda não apresentam sinal de aumento do nível de água, de acordo com dados desta quinta-feira do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

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São Paulo - As chuvas esperadas para os próximos dias indicam que o mês de janeiro poderá terminar com precipitações acima da média em algumas áreas que abastecem importantes hidrelétricas brasileiras, mas o elevado volume de água ainda não será suficiente para reverter a crise gerada pelas baixas precipitações da primavera.

Segundo avaliação da Somar Meteorologia, as chuvas de janeiro deverão somente recuperar parcialmente o nível dos reservatórios. O governo conta com bons volumes de precipitações, além do uso intensivo das termelétricas, para afastar os riscos do racionamento de energia.

"O que o governo falou ontem tem nexo, o grande problema é que (os reservatórios) vêm com déficit muito grande, porque teve seca no inverno e na primavera", disse o meteorologista Marco Antônio dos Santos nesta quinta-feira.

Um alívio total da situação depende de chuvas acima da média por mais tempo.

Algumas áreas de Minas Gerais --Estado conhecido como "caixa d'água do Brasil" por abrigar nascentes de rios que abastecem importantes hidrelétricas-- poderão receber nos próximos quatro dias chuvas suficientes para pelo menos igualar o volume da média histórica de janeiro.


A Somar prevê que nos próximos dias deve chover mais de 200 milímetros entre o Sudeste e Centro-Oeste. A título de comparação, a região central de Mato Grosso --uma das que mais recebe chuvas em janeiro, segundo dados históricos da Somar--, recebe normalmente quase 300 milímetros em todo o mês.

O meteorologista ressaltou que o benefício das chuvas para a agricultura é muito mais imediato do que para os reservatórios das hidrelétricas.

"Vai chover, mas não recupera totalmente agora (os reservatórios), uma coisa é para a agricultura, outra coisa é para reservatório. Chuva de 100 milímetros para agricultura é uma coisa, para reservatório é outra", disse ele, explicando que a melhora do nível das represas é mais lenta, dependendo da chegada de um maior volume de água. Para agricultura, o impacto é imediato.

Segundo Santos, se a primavera tivesse sido chuvosa, a situação dos reservatórios seria diferente, diante da boas chuvas esperadas para os próximos dias.

No caso da região Nordeste, afetada recentemente por uma das piores secas em décadas, as chuvas não chegarão nos mesmos volumes que no centro-sul.

"Vai chover, mas não vai ter tanta chuva como no centro-sul, reverte o padrão de seca observado nas últimas semanas... recupera, lógico. Qualquer chuva é benéfica para as áreas", disse ele, comentando sobre as represas do Nordeste.

Os principais reservatórios de hidrelétricas do Sudeste e do Nordeste ainda não apresentam sinal de aumento do nível de água, de acordo com dados desta quinta-feira do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

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