Mundo

China vai reduzir uso de carvão e fechar fábricas poluidoras

País apresentou nesta quinta-feira abrangentes novas medidas para reduzir a poluição atmosférica


	Neblina de poluição em Pequim: a China está sob intensa pressão para combater a poluição desde janeiro, quando uma espessa camada de fuligem encobriu grande parte do industrializado norte do país
 (REUTERS/Jason Lee)

Neblina de poluição em Pequim: a China está sob intensa pressão para combater a poluição desde janeiro, quando uma espessa camada de fuligem encobriu grande parte do industrializado norte do país (REUTERS/Jason Lee)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2013 às 10h59.

Pequim - A China apresentou nesta quinta-feira abrangentes novas medidas para reduzir a poluição atmosférica, o que inclui reduzir o consumo de carvão e fechar fábricas, usinas e fundições poluentes. Especialistas disseram, porém, que o cumprimento das metas ambiciosas será um grande desafio.

A China está sob intensa pressão para combater a poluição desde janeiro, quando uma espessa camada de fuligem encobriu grande parte do industrializado norte do país, incluindo Pequim.

O governo também tenta enfrentar uma possível fonte de insatisfação popular, já que a população urbana, cada vez mais rica, se volta contra um modelo econômico que prevê o crescimento a qualquer custo, mas degrada o ar, a água e o solo.

A China publicou o plano no site do governo (www.gov.cn), prometendo também aumentar o uso da energia nuclear e do gás natural. Ambientalistas saudaram o plano, mas foram céticos sobre sua implementação.

"As metas de redução do consumo para áreas industriais são um bom sinal de que eles estão levando a poluição atmosférica e a saúde pública mais a sério, mas para fazer essas metas acontecerem o plano de ação é um pouco frustrante, e há buracos", disse Huang Wei, ativista do Greenpeace em Pequim.

A China já teve dificuldades anteriores para conseguir a adesão das províncias e dos empresários às medidas antipoluição, e o novo plano prevê poucas regras concretas para fortalecer a fiscalização e as punições aos infratores.


"Não vemos quaisquer mudanças estruturais, e esse poderia ser um potencial risco nos esforços da China para cumprir sua meta de reduzir a PM 2,5", disse Huang, referindo-se ao plano chinês para reduzir em 25 por cento até 2017 os níveis de um importante indicador da poluição atmosférica em Pequim e províncias próximas.

O carvão, responsável por mais de três quartos da matriz energética da China, já foi identificado como um dos fatores a serem mais combatidos. O objetivo do governo é reduzir o consumo total desse combustível fóssil de 66,8 por cento no ano passado para 65 por cento até 2017.

Grupos ambientalistas esperavam que o plano de ação incluísse metas detalhadas para a redução do uso de carvão em cada região, mas aparentemente caberá às províncias definirem isso entre si.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaGeração de energiaInfraestruturaPoluição

Mais de Mundo

Donald Trump nomeia Susie Wiles como chefe de gabinete

Milei terá encontro com Trump na semana que vem nos Estados Unidos

Setores democratas atribuem derrota de Kamala à demora de Biden para desistir da disputa

Pelúcias inspiradas na cultura chinesa viralizam e conquistam o público jovem