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China surpreende com 1a alta de juro desde 2007

China divulga o PIB do terceiro trimestre e uma série de dados econômicos de setembro na próxima quinta-feira

A alta da taxa de juro na China foi totalmente fora das expectativas do mercado (China Photos/Getty Images)

A alta da taxa de juro na China foi totalmente fora das expectativas do mercado (China Photos/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 19 de outubro de 2010 às 10h03.

Pequim - O banco central da China surpreendeu nesta terça-feira com a primeira elevação das taxas de juros em quase três anos, uma medida que reflete a preocupação com a alta dos preços de ativos e a inflação persistente.

O BC disse que elevará a taxa básica de depósito e de empréstimos de um ano em 0,25 ponto percentual cada, para, respectivamente, 2,5 e 5,56 por cento.

"A alta da taxa de juro foi totalmente fora das expectativas do mercado", disse Zhu Jiangfang, economista-chefe da Citic Securities, em Pequim.

"O aumento recente da inflação deixou o juro real em território negativo. E eu acho que essa é a razão pela qual o banco central precisa elevar taxas de juros de forma tão precipitada", disse ele.

Uma série de economistas, incluindo alguns conselheiros do BC chinês, sugeriram que a autoridade monetária elevasse os juros para manter os rendimentos em território positivo.

A inflação anual ao consumidor chinês foi de 3,5 por cento em agosto, e economistas esperam uma aceleração para 3,6 por cento em setembro.

Ainda assim, a alta dos juros é surpreendente porque vários dos principais líderes haviam expressado confiança sobre o controle da inflação, dizendo que juros mais elevados poderiam atrair capital especulativo do exterior.

"Eles fizeram isso agora porque os dados do PIB e da inflação de quinta-feira são muito fortes para eles", disse Dariusz Kowalczyk, economista sênior do Credit Agricole CIB em Hong Kong.

A China divulga o Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre e uma série de dados econômicos de setembro na quinta-feira. Economistas consultados pela Reuters preveem que o crescimento chinês tenha desacelerado para 9,5 por cento na comparação anual, menos que a expansão de 10,3 por cento do segundo trimestre.

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