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China rejeita queixa de prisioneira de campo de trabalho

A mulher denunciou a privação de liberdade depois de ter sido enviada para um campo de trabalho


	Vista do tribunal em Yongzhou: a mulher também exigiu penas mais severas para sete homens que a estupraram e obrigaram sua filha de 11 anos a se prostituir
 (AFP)

Vista do tribunal em Yongzhou: a mulher também exigiu penas mais severas para sete homens que a estupraram e obrigaram sua filha de 11 anos a se prostituir (AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de abril de 2013 às 13h06.

Pequim - A Justiça chinesa rejeitou, nesta sexta-feira, uma queixa apresentada por uma mulher que denunciou a privação de liberdade depois de ter sido enviada para um campo de trabalho, além de ter exigido penas mais severas para sete homens que a estupraram e obrigaram sua filha de 11 anos a se prostituir, informou a agência Nova China.

No ano passado, sem que fosse realizado um julgamento, Tang Hui foi condenada a 18 meses em um campo de trabalhos forçados por ter "perturbado gravemente a ordem social e ter exercido um impacto negativo sobre a sociedade" ao protestar contra a clemência dada aos agressores de sua filha.

Em junho, dois deles, que sequestraram, estupraram e obrigaram sua filha a se prostituir em 2006, foram condenados à morte, quatro à prisão perpétua e um a 15 anos de prisão.

A situação de Tang provocou protestos e mobilização nas redes sociais.

Como compensação por esta privação de liberdade, Tang apresentou processo contra a administração ante o tribunal de Yongzhou, província de Hunan (centro-sul), e pediu 1.436 iuanes (178 euros) por perdas e danos.

Este caso coincide com a publicação, há alguns dias, pela revista chinesa Lens de uma informação que fala das torturas sofridas por mulheres no campo de Masanjia, perto de Shenyang (nordeste).

Segundo um informe da ONU de 2009, 190.000 chineses se encontram detidos em regime de reeducação pelo trabalho, ou seja, três vezes mais que a cifra oficial de 60.000.

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