Mundo

China registra exportações recorde

O país registrou em julho uma forte alta do superávit comercial, de 31,48 bilhões de dólares

As exportações de julho registraram o valor recorde de US$ As exportações atingiram os 175,13 bilhões, uma alta de 20,4% na comparação com o mesmo mês de 2010
 (Arquivo)

As exportações de julho registraram o valor recorde de US$ As exportações atingiram os 175,13 bilhões, uma alta de 20,4% na comparação com o mesmo mês de 2010 (Arquivo)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de agosto de 2011 às 14h45.

Pequim - A China registrou em julho uma forte alta do superávit comercial, de 31,48 bilhões de dólares, graças às exportações recordes, que superaram US$ 175 bilhões, anunciou o governo de Pequim, maior exportador do planeta.

O excedente superou as previsões dos economistas, que projetavam um superávit de 26 bilhões de dólares.

O excedente da China - um tema tradicional de controvérsia com os grandes parceiros comerciais como Estados Unidos e Europa - havia sido de 22,27 bilhões de dólares em junho.

As exportações de julho registraram o valor recorde de US$ 175,13 bilhões, uma alta de 20,4% na comparação com o mesmo mês de 2010.

O recorde anterior era de junho, quando as exportações totalizaram 161,98 bilhões de dólares.

As importações subiram 22,9% em julho em ritmo anual, segundo o governo.

Para alguns analistas, as exportações da China podem sofrer um impacto negativo nos próximos meses pela confiança do consumidor em queda nos EUA e na Europa, confrontados com uma grave crise da dívida e os temores de uma recessão.

"O número (do excedente chinês) supera as expectativas, mas dada a situação nos Estados Unidos e na zona do euro, pode cair novamente nos próximos meses", disse Tang Yunfei, economista do Founder Securities, de Pequim.

Para Alistair Thornton, analista da IHS Global Insight, o dramático salto nas exportações em julho foi, em parte, devido a fatores sazonais.

"As exportações de muitos produtos que exigem mão de obra intensiva, como têxteis, são geralmente para cima no terceiro trimestre, o que reflete a demanda antes da compras de Natal", explica ele.

"Dado que a maioria das encomendas para os próximos meses já foram feitos, é pouco provável que a queda na confiança do mundo tenha um impacto a curto prazo", estimou.

"No entanto, as recentes turbulências nos mercados de seguros terão um impacto sobre as cifras chineses no final do ano", acrescentou o analista.

A nova expansão do comércio externo chinês vai dar munição para quem reclama que a China deixe que sua moeda, o iuane, se valorize apreciar livremente.

Os principais parceiros comerciais da China, a começar pelos Estados Unidos, a reprovam por manter sua moeda a uma taxa artificialmente baixa para estimular as exportações.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaComércioComércio exteriorExportações

Mais de Mundo

Magnata vietnamita terá que pagar US$ 11 bi se quiser fugir de pena de morte

França afirma que respeitará imunidade de Netanyahu se Corte de Haia exigir prisão

Em votação apertada, Parlamento Europeu aprova nova Comissão de Ursula von der Leyen

Irã ativa “milhares de centrífugas” em resposta à agência nuclear da ONU