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China posiciona aviões em ilha disputada no Mar do Sul

De acordo com a emissora, a China posicionou aviões J-11 e JH-7 na ilha Woody, que fica no arquipélago Paracels


	Soldados chineses: trata-se do mesmo território onde uma embarcação militar norte-americana navegou no final de janeiro
 (Reuters)

Soldados chineses: trata-se do mesmo território onde uma embarcação militar norte-americana navegou no final de janeiro (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2016 às 10h45.

A China colocou aviões de combate em uma das ilhas disputadas do Mar do Sul da China, disse hoje a cadeia de televisão norte-americana Fox News, enfatizando que esta decisão pode aumentar a tensão regional.

De acordo com a emissora, a China posicionou aviões J-11 e JH-7 na ilha Woody, que fica no arquipélago Paracels, disputado também por Taiwan e Vietnã.

Trata-se do mesmo território onde uma embarcação militar norte-americana navegou no final de janeiro, em uma ação classificada por Pequim como "provocação deliberada".

A China já confirmou que mantem armamento na mesma região.

Segundo informações divulgadas também pela Fox News com base em imagens registradas pelos satélites ImageSat International, a China teria de fato instalado um sistema de lançamento de mísseis na ilha.

Os chefes da diplomacia dos Estados Unidos, John Kerry, e da China, Wang Yi, reuniram-se para tentar encontrar uma solução para as disputas territoriais naquela região da Ásia e Pacífico.

"Queremos pôr fim à expansão e militarização dos lugares ocupados. Acreditamos que todo o mundo será beneficiado por uma efetiva desmilitarização", disse hoje Kerry.

Sem culpar abertamente a China, o secretário de Estado norte-americano lamentou que "existam mísseis, aviões de combate, armas e artilharias, entre outras coisas, no Mar do Sul da China".

"É uma grande preocupação para quem depende do mar para fazer trocas comerciais no Pacífico", disse ele.

Por outro lado, Wang assegurou que "tanto a China como os EUA e os países da Asean [Associação de Nações do Sudeste Asiático] se comprometeram a não militarizar o território".

"O secretário [John Kerry] e eu concordamos em manter o nosso diálogo sobre o Mar do Sul da China para aprofundar o nosso entendimento comum. É importante evitar qualquer erro de cálculo", destacou Wang Yi.

A China insiste que tem direitos de soberania sobre a quase totalidade do Mar do Sul da China, uma via marítima estratégica pela qual passa um terço do petróleo negociado internacionalmente.

Nos últimos meses, a China tem construído ilhas artificiais capazes de receber instalações militares em recifes do arquipélago Spratly, ao sul do arquipélago Paracel, disputado total ou parcialmente pela China, Vietnã, Taiwan, Filipinas, Malásia e Brunei.

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