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China pede que EUA e Coreia do Sul parem instalação de escudo

O governo frisou que "todas as consequências" derivadas da instalação do sistema serão responsabilidade dos dois países

Defesa: os dois países anunciaram hoje que começaram a implantar os primeiros elementos do Sistema de Defesa Terminal de Área a Grande Altitude (THAAD) em solo sul-coreano (Chung Sung-Jun/Getty Images)
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EFE

Publicado em 7 de março de 2017 às 09h22.

Pequim - O governo da China pediu nesta terça-feira "encarecidamente" aos Estados Unidos e Coreia do Sul para interromperem a implantação do escudo antimísseis THAAD e advertiu que adotará as "medidas necessárias" para proteger seus interesses e segurança nacionais.

"Quero enfatizar que nos opomos firmemente a implantação do THAAD na Coreia do Sul e tomaremos medidas necessárias para defender nossos interesses em matéria de segurança", disse um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Geng Shuang, em entrevista coletiva.

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A Coreia do Sul e Estados Unidos anunciaram hoje que começaram a implantar os primeiros elementos do Sistema de Defesa Terminal de Área a Grande Altitude (THAAD sigla em inglês) em solo sul-coreano, no que representa uma implementação da decisão que os dois países adotaram em julho do ano passado.

Evitando as críticas da China e Rússia, os EUA e Coreia do Sul aceleram assim a implantação do THAAD, que pretendem que esteja completamente instalado até o final do ano em um terreno situado ao norte da cidade de Seongju (centro do país).

Seul e Washington defendem a necessidade deste sistema de mísseis para se defenderem da Coreia do Norte, apesar de Pequim e Moscou consideram que representa uma ameaça para sua segurança já que, segundo sua opinião, o escudo poderia servir para obter dados de inteligência de suas bases militares.

Neste contexto, o porta-voz chinês fez hoje várias advertências contra a instalação do THAAD ao assinalar, por exemplo, que "todas as consequências" derivadas da instalação deste sistema serão responsabilidade dos EUA e Coreia do Sul.

Geng voltou a pedir para os dois países que se retratem e "não continuem pelo caminho errado".

A Coreia do Sul já começa a notar algumas medidas da China em represália pelo THAAD, como o boicote que assegura que estão sofrendo suas empresas no país, entre elas, o grupo Lotte, que foi quem transferiu os terrenos ao governo sul-coreano para a instalação do sistema.

Sobre esta questão, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês descartou confirmar essas informações e afirmou que a China "dá as boas-vindas ao investimento estrangeiro", mas observou que as empresas estrangeiras devem cumprir com a legislação no país.

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