China impõe sanções a ex-secretário e outros em retaliação aos EUA
A decisão é uma resposta ao alerta, feito pelos Estados Unidos a empresas americanas, sobre "os crescentes riscos associados" em Hong Kong por conta da atuação do governo chinês
Estadão Conteúdo
Publicado em 23 de julho de 2021 às 18h03.
Última atualização em 23 de julho de 2021 às 18h32.
A China irá impor sanções a sete indivíduos e entidades americanas, incluindo o ex-secretário do Comércio Wilbur Louis Ross, segundo porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do país. A decisão é uma resposta ao alerta, feito pelos Estados Unidos a empresas americanas, sobre "os crescentes riscos associados" em Hong Kong por conta da atuação do governo chinês.
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Além de Ross, são alvos das sanções chinesas, segundo o porta-voz: a presidente da Comissão de Revisão de Segurança e Economia EUA-China, Carolyn Bartholomew, o ex-diretor da Comissão Executiva do Congresso sobre a China, Jonathan Stivers, o gerente-sênior do programa do Instituto Republicano Internacional, Adam Joseph King, a diretora para a China da Human Rights Watch, Sophie Richardson, o Conselho Democrático de Hong Kong e DoYun Kim, do Instituto Nacional Democrático para Assuntos Internacionais.
A decisão é baseada na Lei de Sanções Anti-Estrangeiras, aprovada no mês passado com o intuito de contrapor punições adotadas por outros países. "Eu gostaria de enfatizar mais uma vez que Hong Kong é a Região Administrativa Especial da China e seus assuntos são parte integrante dos assuntos internos do país", disse o porta-voz, "Qualquer tentativa de forças externas de interferir nos assuntos de Hong Kong seria tão fútil quanto uma formiga tentando sacudir uma grande árvore".
O porta-voz disse ainda que a Assessoria de Negócios de Hong Kong, criada recentemente pelos EUA, tem o intuito de "difamar infundadamente o ambiente de negócios da região e, ilegalmente, impor sanções a vários funcionários do Escritório de Ligação do Governo Popular Central na região".
De acordo com o governo americano, porém, a assessoria foi estabelecida para alertar os negócios americanos sobre os "riscos crescentes" de suas operações e atividades em Hong Kong. Segundo a Casa Branca, esses riscos seriam decorrência da implementação da lei sobre proteção da segurança nacional chinesa, além de outras recentes mudanças legislativas, na região.
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