Mundo

China expressa "profunda preocupação" após míssil norte-coreano

Especialistas acreditam que o projétil poderia ter recorrido num voo normal mais de 13 mil km, o suficiente para alcançar Washington

Novo míssil da Coreia do Norte é capaz de levar uma ogiva nuclear de grande tamanho e alcançar todo o território dos Estados Unidos (Kim Hong-Ji/Reuters)

Novo míssil da Coreia do Norte é capaz de levar uma ogiva nuclear de grande tamanho e alcançar todo o território dos Estados Unidos (Kim Hong-Ji/Reuters)

E

EFE

Publicado em 29 de novembro de 2017 às 07h34.

Última atualização em 29 de novembro de 2017 às 08h26.

Pequim - O governo da China expressou, nesta quarta-feira, sua "profunda preocupação" após o último míssil balístico intercontinental (ICBM) lançado ontem pela Coreia do Norte, capaz de levar uma ogiva nuclear de grande tamanho e atingir qualquer parte do território dos Estados Unidos.

"A China expressa profunda preocupação e oposição ao lançamento e pede encarecidamente à Coreia do Norte que atenda às resoluções do Conselho de Segurança da ONU e interrompa as ações que elevem as tensões na península", afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Geng Shuang.

"Continuaremos defendendo a desnuclearização da península, assim como uma solução pacífica do assunto através do diálogo e da negociação", acrescentou.

Geng enfatizou que Pequim "sempre" se focou em suas obrigações internacionais "de forma estrita" e que a via militar "não é a melhor alternativa" para a resolução da crise norte-coreana.

A televisão estatal norte-coreana anunciou ontem com seu habitual tom solene o "bem-sucedido" lançamento - o primeiro de Pyongyang após dois meses e meio sem realizar nenhum teste balístico -, que foi autorizado e presenciado por seu líder, Kim Jong-un.

Trata-se de um novo modelo de ICBM, batizado como Hwasong-15, capaz de alcançar a maior altura até o momento por um projétil norte-coreano, o que representa um perigoso avanço no seu programa armamentista.

Embora o último míssil lançado ontem por Pyongyang tenha voado 950 km e alcançado 4.475 km de altitude, alguns especialistas acreditam que o projétil poderia ter percorrido em um voo normal mais de 13 mil km, o suficiente para atingir Washington ou qualquer parte continental dos EUA.

A porta-voz do Departamento de Estado americano, Heather Nauert, anunciou que o seu governo defenderá novas sanções contra a Coreia do Norte.

Além disso, Nauert leu um comunicado do secretário de Estado, Rex Tillerson, no qual anunciou que proporá, junto com o Canadá, a antecipação da próxima reunião do Comando das Nações Unidas (UNC), o contingente que controla a Área de Segurança Conjunta (JSA) que separa as duas coreias.

Por sua parte, o primeiro-ministro sul-coreano, Lee Nak-yon, afirmou hoje que o novo lançamento não foi completado com total êxito, já que o projétil perdeu contato com o seu centro de controle na metade da trajetória.

Acompanhe tudo sobre:ArmasChinaCoreia do NorteEstados Unidos (EUA)Testes nucleares

Mais de Mundo

Kamala x Trump: Eleitorado negro, visado por republicanos, dá sinais de apoio à democrata

Manifestantes pró-Palestina protestam no Congresso dos EUA contra visita de Netanyahu

Trump anuncia reunião com Netanyahu na Flórida ainda esta semana

Milei se reunirá com Macron em viagem à França para abertura dos Jogos Olímpicos

Mais na Exame