China exportou quase 4 bilhões de máscaras desde março
Número dos equipamentos exportados para evitar a disseminação do novo coronavírus foram informados por autoridades locais neste domingo (5)
AFP
Publicado em 5 de abril de 2020 às 12h42.
Última atualização em 5 de abril de 2020 às 12h54.
Desde o início de março, a China exportou quase 4 bilhões de máscaras para a luta contra a pandemia do novo coronavírus – anunciaram as autoridades locais neste domingo (5).
Apesar da diminuição de casos em seu território, Pequim pediu às fábricas que aumentassem a produção de equipamentos médicos, em meio à escassez sofrida por outros países.
Desde 1º de março, a China exportou para cerca de 50 países 3,860 bilhões de máscaras, 37,5 milhões de trajes protetores, 16.000 respiradores e 2,84 milhões de kits de diagnóstico de COVID-19, declarou Jin Hai, uma autoridade da Alfândega local.
No total, estas exportações estão avaliadas em cerca de 1,4 bilhão de dólares.
Alguns países se queixaram, porém, da qualidade dos equipamentos médicos importados da China.
Em 28 de março, a Holanda denunciou que 600.000 máscaras de um lote de 1,3 milhão procedente da China não atendiam às normas de qualidade, não se ajustavam corretamente ao rosto, e alguns filtros também não funcionavam da maneira adequada.
A China respondeu que o fabricante “indicou claramente que não eram cirúrgicas”.
No final de março, a Espanha também devolveu milhares de testes de diagnóstico com defeito, enviados por uma empresa chinesa que não contava com as autorizações necessárias.
Autoridades chinesas declararam, neste domingo, que as notícias divulgadas sobre a qualidade dos equipamentos médicos chineses “não refletem a totalidade dos fatos”.
“Há, na realidade, vários fatores, como o fato de que a China tem normas e hábitos de uso diferentes de outros países. Um uso inadequado pode levantar dúvidas sobre a qualidade”, afirmou Jiang Fan, do Ministério chinês do Comércio.
Estas observações são similares às feitas na semana passada por Hua Chunying, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, que pediu à imprensa ocidental que “não politize” a questão, “nem exagere” os fatos.