China exige que EUA suspendam venda de armas a Taiwan
Taiwan é um dos temas mais delicados para a China, que a reivindica como seu território sagrado, parte de "uma China"
Reuters
Publicado em 9 de abril de 2018 às 11h56.
Pequim - A China disse nesta segunda-feira que se opõe à venda de armas dos Estados Unidos a Taiwan depois que o governo do presidente Donald Trump aprovou a licença de marketing exigida dos fabricantes norte-americanos para venderem tecnologia que permitirá a Taiwan construir submarinos.
No sábado, a Agência Central de Notícias de Taiwan relatou que o Ministério da Defesa Nacional confirmou que o Departamento de Estado dos EUA concordou em conceder a licença necessária para vender a tecnologia para que a ilha autogovernada construa seus próprios submarinos.
O Ministério da Defesa chinês, respondendo à pergunta de um jornalista em um comunicado sobre a questão publicado na internet, exigiu que os EUA "suspendam todas as formas de laços militares entre os Estados Unidos e Taiwan, além de todas as formas de venda de armas a Taiwan".
"Os militares da China têm a capacidade e a determinação para derrotar todas as tentativas de se separar nosso país, e adotarão todas as medidas necessárias para defender resolutamente nossa soberania nacional, segurança e integridade territorial", disse o porta-voz da pasta, Wu Qian, sem dar detalhes.
Taiwan é um dos temas mais delicados para a China, que a reivindica como seu território sagrado, parte de "uma China". Pequim jamais renunciou ao uso da força para submeter ao seu controle o que encara como uma província rebelde.
O Departamento de Estado dos EUA não quis confirmar os detalhes da reportagem a respeito de Taiwan no final de semana.
Uma autoridade do Departamento de Estado disse que este continua a analisar as necessidades defensivas de Taiwan e encaminhou perguntas sobre os planos específicos de requisição às autoridades taiwanesas.
A hostilidade chinesa com Taiwan aumentou desde que Tsai Ing-wen, do Partido Democrático Progressista, pró-independência, foi eleita presidente em 2016. Pequim teme que ela queira pleitear uma independência formal, mas Tsai diz querer manter o status quo e estar comprometida com a paz.