China espera que UE ceda a suas exigências
Após comprar a dívida pública de países europeus em crise, o país deseja que Bruxelas o reconheça como uma economia de mercado
Da Redação
Publicado em 15 de setembro de 2011 às 08h18.
Pequim - O governo da China, que nos últimos meses comprou dívida pública de países europeus em crise, expressou nesta quinta-feira o desejo de que Bruxelas levante o embargo de venda de armas e reconheça o país asiático como uma economia de mercado.
"Acredito que sobre estes dois problemas a União Europeia tem um preconceito contra a China", respondeu uma porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês a uma pergunta sobre se a compra de dívida europeia estava condicionada à anulação do embargo imposto em 1989 e ao reconhecimento da China como uma economia de mercado.
"Esperamos que estes problemas possam ser resolvidos logo para que nossas relações bilaterais possam se desenvolver", acrescentou a porta-voz Jiang Yu em entrevista coletiva.
Nos últimos meses, a China adquiriu uma quantia não determinada de bônus de dívida pública de países europeus em crise como Grécia, Portugal, Espanha e Hungria, e nesta semana foi divulgado que funcionários do fundo soberano chinês mantiveram reuniões com políticos italianos.
As palavras de Yu chegam horas depois de o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, ter exigido a abertura dos mercados europeus a seus produtos em troca da compra de dívida soberana, no marco da realização do Fórum Econômico Mundial na cidade chinesa de Dalian.
Wen pediu a Bruxelas que reconheça a China como uma "economia de mercado", um status com o qual a segunda maior potência econômica poderia eliminar algumas das barreiras comerciais impostas por concorrência desleal.
Segundo as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), na qual a China ingressou em 2001, o país asiático deveria receber o status completo de economia de mercado em 2016.
No entanto, Bruxelas decidiu nesta quinta-feira aumentar as tarifas sobre azulejos e piso fabricados na China de 26,3% a 69,7%, após acusar novamente o país asiático de estar vendendo estes produtos abaixo de seu preço de mercado.
A China conta com a maior reserva de divisas estrangeiras do mundo, com US$ 3,2 trilhões, boa parte dela investida em bônus do Tesouro dos Estados Unidos mas que nos últimos anos se diversificou até 25% em ativos em euro.
Pequim - O governo da China, que nos últimos meses comprou dívida pública de países europeus em crise, expressou nesta quinta-feira o desejo de que Bruxelas levante o embargo de venda de armas e reconheça o país asiático como uma economia de mercado.
"Acredito que sobre estes dois problemas a União Europeia tem um preconceito contra a China", respondeu uma porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês a uma pergunta sobre se a compra de dívida europeia estava condicionada à anulação do embargo imposto em 1989 e ao reconhecimento da China como uma economia de mercado.
"Esperamos que estes problemas possam ser resolvidos logo para que nossas relações bilaterais possam se desenvolver", acrescentou a porta-voz Jiang Yu em entrevista coletiva.
Nos últimos meses, a China adquiriu uma quantia não determinada de bônus de dívida pública de países europeus em crise como Grécia, Portugal, Espanha e Hungria, e nesta semana foi divulgado que funcionários do fundo soberano chinês mantiveram reuniões com políticos italianos.
As palavras de Yu chegam horas depois de o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, ter exigido a abertura dos mercados europeus a seus produtos em troca da compra de dívida soberana, no marco da realização do Fórum Econômico Mundial na cidade chinesa de Dalian.
Wen pediu a Bruxelas que reconheça a China como uma "economia de mercado", um status com o qual a segunda maior potência econômica poderia eliminar algumas das barreiras comerciais impostas por concorrência desleal.
Segundo as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), na qual a China ingressou em 2001, o país asiático deveria receber o status completo de economia de mercado em 2016.
No entanto, Bruxelas decidiu nesta quinta-feira aumentar as tarifas sobre azulejos e piso fabricados na China de 26,3% a 69,7%, após acusar novamente o país asiático de estar vendendo estes produtos abaixo de seu preço de mercado.
A China conta com a maior reserva de divisas estrangeiras do mundo, com US$ 3,2 trilhões, boa parte dela investida em bônus do Tesouro dos Estados Unidos mas que nos últimos anos se diversificou até 25% em ativos em euro.