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China e Rússia impulsionam cooperação energética

Primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, e seu colega russo, Dmitri Medvedev, impulsionaram a cooperação energética como um dos pilares de suas relações bilaterais

O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang (d), e seu colega russo, Dmitri Medvedev: Li ressaltou "importância estratégica a longo prazo" dos acordos energéticos (China Daily/Reuters)

O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang (d), e seu colega russo, Dmitri Medvedev: Li ressaltou "importância estratégica a longo prazo" dos acordos energéticos (China Daily/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2013 às 10h34.

Pequim - O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, e seu colega russo, Dmitri Medvedev, de visita na potência asiática, impulsionaram nesta terça-feira a cooperação energética como um dos pilares de suas relações bilaterais, e concordaram em aumentar a provisão de combustível de Moscou a Pequim durante os próximos dez anos.

Reunidos na capital chinesa, Li ressaltou a "importância estratégica a longo prazo" dos acordos energéticos entre ambos os países, e assegurou que "uma terceira parte não afetará à cooperação da China e Rússia", sem concretizar qual.

Li pronunciou estas palavras durante seu encontro com Medvedev nesta terça-feira no Grande Palácio da cidade de Pequim -a sede do Legislativo chinês-, junto a quem presenciou a assinatura de vários acordos entre ambas as nações.

Os tratados, principalmente nas áreas de energia e comércio, são parte do objetivo de alcançar os US$ 100 bilhões em comércio bilateral em 2015 e de duplicar este número para 2020, dos cerca de US$ 88 bilhões que foram registrados em 2012.

"Ambos pensamos que a cooperação empresarial tem um papel insubstituível, e que há inclusive mais potencial para ela", disse Li.

Por sua parte, Medvedev, de visita até amanhã, disse que um dos acordos assinados hoje representa uma provisão adicional de 10 milhões de toneladas de petróleo à China a cada ano na próxima década (no total 100 milhões de toneladas mais até 2023).

Segundo o trato, a Rosfnet Oil, a maior petrolífera russa, será encarregada de realizar a provisão (US$ 85 bilhões) à China, que recebe a metade de seu petróleo do Oriente Médio.


"É uma grande soma de dinheiro para qualquer país, inclusive para a China. É uma prova que alcançamos um maior e novo nível de cooperação", acrescentou o líder russo.

Na sexta-feira, a Corporação Nacional de Petróleo da China (CNPC) anunciou a assinatura de um memorando de entendimento com a Rosneft Oil para explorar as reservas de petróleo do leste da Sibéria.

Então, a companhia chinesa assegurou que o cru extraído será utilizado, em primeiro lugar, para cobrir a demanda energética do leste da Rússia e depois será exportado à China e a outros países da região Ásia-Pacífico.

A cooperação energética, disse Medvedev, "é uma parte importante das relações entre China e Rússia".

"A Rússia tem muitos recursos energéticos, enquanto China é um mercado enorme", acrescentou.

Outro exemplo do impulso da cooperação neste terreno é a construção de uma refinaria em Tianjin (este da China) através de uma empresa conjunta, pela que serão obtidas até 16 milhões de toneladas de petróleo cada ano.

Assim mesmo, ambos os líderes enfatizaram que as "economias emergentes, entre elas os Brics (Brasil, Rússia, a Índia, China e África do Sul), são cruciais para o futuro da economia mundial".

"Se os Brics não contribuem ao desenvolvimento da economia, não se pode conseguir nada", respondeu Medvedev às perguntas de alguns internautas durante uma visita que realizou hoje à sede da agência oficial "Xinhua".

"Embora estamos afrontando dificuldades, seu potencial (o dos Brics) é enorme, e poderia compensar os moderados benefícios das nações desenvolvidas", acrescentou o líder russo, que ainda tem à União Europeia como seu maior parceiro comercial.

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