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China e EUA se reúnem para discutir questão da Coreia do Norte

Horas antes do início do encontro, Trump postou um polêmico tuíte sugerindo que os esforços chineses na Coreia do Norte fracassaram

Rex Tillerson se reúne com o assessor diplomático do governo chinês, Yang Jiechi (Aaron P. Bernstein/Reuters)

Rex Tillerson se reúne com o assessor diplomático do governo chinês, Yang Jiechi (Aaron P. Bernstein/Reuters)

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AFP

Publicado em 21 de junho de 2017 às 13h34.

Altos funcionários americanos iniciaram nesta quarta-feira discussões com seus colegas da China para que mantenham uma postura mais firme ante a Coreia do Norte.

Reunidos no departamento de Estado, o chefe da diplomacia americana, Rex Tillerson, e o secretário da Defesa, Jim Mattis, iniciaram as negociações com o assessor diplomático do governo chinês, Yang Jiechi, e o general Fang Fengshui, chefe do Estado-Maior.

Horas antes do início do encontro, Trump postou um polêmico tuíte sugerindo que os esforços chineses na Coreia do Norte fracassaram.

"Apesar de apreciar enormemente os esforços do presidente Xi e da China para ajudar com a Coreia do Norte, não funcionou. Pelo menos agora sei que a China tentou", escreveu no Twitter.

Nem Trump, nem a Casa Branca fizeram declarações sobre o significado da mensagem.

Em abril, Donald Trump recebeu o presidente chinês Xi Jinping em sua residência de Mar-a-Lago, na Flórida. A retórica hostil à China durante a campanha presidencial deu lugar a uma aproximação.

No mês passado, Pequim e Washington assinaram um acordo, embora limitado, de abertura recíproca dos seus mercados. E Terry Branstad, governador de Iowa e amigo de Xi Jinping, foi confirmado pelo Senado como embaixador americano na China.

Mas pontos de tensão permanecem, especialmente em relação à situação nas águas disputadas do Mar da China Meridional. Acima de tudo, os Estados Unidos gostariam que a China exerce uma pressão real sobre o regime norte-coreano de Kim Jong-Un.

Apesar das sanções internacionais, a Coreia do Norte possui um pequeno arsenal de armas nucleares e desenvolve mísseis balísticos que poderiam ameaçar o Japão, Coreia do Sul e talvez cidades americanas num futuro próximo.

Os Estados Unidos têm cerca de 28.000 soldados estacionados na Coreia do Sul, bem como uma frota poderosa na região. Mas sua pressão diplomática e econômica é limitada.

A repatriação na semana passada de um jovem americano de 22 anos detido por um ano pelo regime de Pyongyang aumentou ainda mais a tensão entre Washington e Pyongyang.

Otto Warmbier, preso durante uma viagem e acusado de tentar roubar um cartaz de propaganda, foi trazido de volta aos Estados Unidos em coma profundo, com extensos danos cerebrais. Ele faleceu na segunda-feira junto a sua família, seis dias depois de seu retorno ao país.

O bilionário fez do fim do programa nuclear norte-coreano uma prioridade da sua política externa. Ele concordou em silenciar suas críticas sobre os desequilíbrios comerciais para obter ajuda de Pequim sobre esta questão.

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