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China diz ter boa vontade para melhorar relação com Vaticano

"A China apoia a Igreja Católica da China, e a encoraja a seguir história e tradição de acordo com o princípio de independência", afirmou governo em comunicado

Papa Francisco: para retomar as relações diplomáticas, Pequim exige que o Vaticano rompa com Taiwan e não "interfira" nos assuntos internos (Alberto Pizzoli/AFP)
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Da Redação

Publicado em 19 de agosto de 2014 às 08h12.

Pequim - O governo da China disse nesta terça-feira que "tem boa vontade para melhorar as relações com o Vaticano" e que continua "fazendo esforços para alcançar este objetivo", depois que o papa Francisco afirmou, em visita à Coreia do Sul , que pretende visitar o país vizinho.

"Queremos ter um diálogo construtivo com o Vaticano e promover a melhora das relações bilaterais", disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hua Chunying, em comunicado enviado à Agência Efe como resposta a pergunta se a potência asiática estaria disposta a receber o pontífice.

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Hua ressaltou que "o governo chinês respeita e protege de acordo com a lei a liberdade religiosa dos cidadãos, e apoia a população dessa comunidade (católica) que desenvolva um papel positivo na promoção econômica e social".

"A China apoia a Igreja Católica da China, e a encoraja a seguir a história e tradição de acordo com o princípio de independência, assim como a realizar atividades normais que impulsionem o desenvolvimento", acrescenta no texto.

O papa Francisco afirmou ontem que visitaria a China "amanhã mesmo", ao ser perguntado pelos jornalistas que o acompanharam no voo de volta a Roma após sua viagem à Coreia do Sul se ele gostaria de visitar esse país, com o qual o Vaticano não tem relações diplomáticas.

Na China há entre 8 e 12 milhões de católicos, segundo dados do Vaticano, divididos entre os pertencentes à igreja oficial ("Patriótica") - controlada pelo governo comunista - e a clandestina, em comunhão com Roma e perseguida por Pequim.

O Vaticano e China não têm relações diplomáticas desde 1951, depois que Pio XII excomungou dois bispos designados pelo governo chinês, que por sua vez expulsou o núncio apostólico, que se estabeleceu na ilha de Taiwan.

Para retomar as relações diplomáticas, Pequim exige que o Vaticano rompa com Taiwan e não "interfira" nos assuntos internos chineses.

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