China diz que apoiará novas medidas da ONU contra Coreia do Norte
O governo chinês não esclareceu, porém, se apoiará ou não a proibição à venda de petróleo ao regime, como sugeriram os Estados Unidos
EFE
Publicado em 11 de setembro de 2017 às 10h57.
Pequim - O governo chinês afirmou nesta segunda-feira que apoiará novas medidas contra o regime da Coreia do Norte perante a iminente reunião do Conselho de Segurança da ONU que será realizada nesta segunda-feira, ainda que não esclareceu se apoiará a proibição de venda de petróleo a Pyongyang como propôs os EUA.
"A China apoia as resoluções do Conselho de Segurança da ONU para adotar novas reações e medidas necessárias em resposta ao sexto teste nuclear feito pela Coreia do Norte", apontou em coletiva de imprensa o porta-voz de Relações Exteriores chinês Geng Shuang.
No entanto, Geng não quis responder à questão se Pequim respaldará ou não a proibição de venda de petróleo ao regime de Pyongyang, solicitada pelos Estados Unidos, mas rejeitada pela Rússia, ambos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, da mesma forma que a China.
"Esperamos que os membros do Conselho possam tomar suas decisões com base no consenso (...) para elevar a voz da unidade para o resto do mundo", disse Geng.
A China, sublinhou, sempre cumpriu com suas obrigações internacionais, mas quis deixar clara sua oposição a qualquer "sanção unilateral foram do marco do Conselho de Segurança", uma advertência que Pequim formulou em numerosas ocasiões.
As autoridades chinesas corroboraram hoje que os níveis de radiação registrados em alguns pontos da sua fronteira com a Coreia do Norte são "normais" após o último teste atômico de 3 de setembro, que Pyongyang assegura que foi de uma bomba de hidrogênio.
A China ordenou uma monitorização extraordinária - mais cansativa do que o habitual - dos níveis de radiação nas províncias de Heilongjiang, Jilin, Liaoning e Shandong.
"A avaliação cansativa concluiu que este teste nuclear da Coreia do Norte não causou impacto ambiental algum na China", afirma um comunicado do Ministério de Proteção Ambiental, que assegura que "foram cumpridas as condições para a finalização da vigilância extraordinária" na zona.