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China denuncia comunicado do G7 e pede fim da 'difamação' contra o país

"A reputação da China não deve ser difamada", disse a embaixada nesta segunda-feira

Investidores estão fugindo da China. E isso poderia beneficiar o Brasil (Thomas Peter/Reuters)
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Reuters

Publicado em 14 de junho de 2021 às 09h45.

Última atualização em 14 de junho de 2021 às 10h22.

Líderes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) devem rotular a China como um risco de segurança à aliança ocidental nesta segunda-feira, um dia depois de o G7 emitir um comunicado sobre os direitos humanos na China e Taiwan que Pequim disse ter difamado sua reputação.

Como líderes aliados também expressam preocupação com a mobilização militar crescente da Rússia perto da Ucrânia, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, descreveu a cúpula, a primeira à qual Joe Biden comparecerá como presidente dos Estados Unidos , como um "momento crucial".

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Em uma mudança de tom considerável em relação ao seu antecessor, Donald Trump , Biden descreveu a Otan no domingo como uma "obrigação sagrada".

Ao chegar à cúpula de um dia em Bruxelas, Stoltenberg disse a que presença militar chinesa crescente, dos Bálticos à África, obriga a Otan a estar preparada para defender a segurança e os valores democráticos do Ocidente.

"A China está se aproximando de nós. Nós os vemos no ciberespaço, nós vemos a China na África, mas também vemos a China investindo pesadamente em nossa própria infraestrutura crítica", disse ele, referindo-se a portos e redes de telecomunicação.

"Precisamos reagir juntos como uma aliança".

Diplomatas disseram que o comunicado final da cúpula da Otan não classificará a China como uma adversária, e Stoltenberg disse que o país asiático não é um inimigo, mas demonstrará preocupação, qualificando-o como um desafio "sistêmico" à segurança atlântica ao participar de exercícios militares com a Rússia, lançar ataques cibernéticos e fortalecer rapidamente sua Marinha.

Em um encontro no Reino Unido no final de semana, as nações do G7 repreenderam a China por causa da situação dos direitos humanos em sua região de Xinjiang, pediram que Hong Kong mantenha um grau elevado de autonomia e exigiram uma investigação completa sobre a origem do coronavírus na China.

China reage

A embaixada chinesa em Londres disse que se opõe resolutamente às menções a Xinjiang, Hong Kong e Taiwan, que disse terem distorcido os fatos e exposto as "intenções sinistras de alguns países, como os Estados Unidos".

"A reputação da China não deve ser difamada", disse a embaixada nesta segunda-feira.

A Otan moderniza suas defesas desde a anexação russa da Crimeia, em 2014, mas só recentemente começou a analisar mais seriamente qualquer ameaça em potencial vinda das ambições chinesas.

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