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China cancela reunião com Japão por detenção de barco

Pequim - O Governo chinês adiou a segunda rodada de conversas com o Japão sobre o exploração dos jazidas de gás no Mar da China Oriental em protesto pela retenção de um barco pesqueiro do país pelas autoridades japonesas. O barco foi detido na terça-feira passada, após colidir com duas embarcações patrulheiras japonesas no arquipélago […]

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Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2010 às 10h03.

Pequim - O Governo chinês adiou a segunda rodada de conversas com o Japão sobre o exploração dos jazidas de gás no Mar da China Oriental em protesto pela retenção de um barco pesqueiro do país pelas autoridades japonesas.

O barco foi detido na terça-feira passada, após colidir com duas embarcações patrulheiras japonesas no arquipélago das ilhas Diaoyu (Senkaku, em japonês), disputado por chineses, japoneses e por Taiwan desde que cientistas descobriram, na década de 1970, que tem jazidas de gás.

As autoridades judiciais japonesas aceitaram na sexta-feira o pedido da Justiça de prolongar até o próximo dia 19 a detenção do capitão do barco chinês, Zhang Qixiong, de 41 anos.

A porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores da China, Jiang Yu, assinalou em comunicado que a reunião, prevista para meados deste mês, foi suspensa, já que "a parte japonesa ignorou repetidos pedidos solenes e a firme oposição da China, e decidiu deixar o capitão chinês sob processos judiciais".

"A China expressa seu enérgico descontentamento e seu sério protesto por esta ação", disse Yu.

O capitão do barco pode enfrentar julgamento por desobedecer a exigência das duas patrulheiras japonesas, que ordenaram que parasse sua embarcação e permitisse que fosse inspecionada, em virtude de uma lei nacional japonesa.

O Governo chinês convocou em três ocasiões o embaixador japonês em Pequim para pedir explicações e assegurou que o arquipélago está sob soberania chinesa, por isso, com a detenção, o Japão "violou o bom senso internacional mais básico".

"É ridículo, ilegal e não é válido", concluiu o comunicado do Ministério de Assuntos Exteriores chinês.

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