China: gestora concentrou porfólio (Aly Song/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 27 de março de 2021 às 16h46.
Última atualização em 27 de março de 2021 às 16h46.
O Ministério das Relações Exteriores da China anunciou neste sábado (27) sanções contra entidades e indivíduos dos Estados Unidos e Canadá. A medida é uma retaliação a punições semelhantes impostas pelos governos dos dois países devido a supostas violações de direitos humanos na região de Xinjiang.
Em comunicado, o ministério chinês alegou que as proibições aplicadas ao país asiático pelos Estados Unidos e Canadá se baseiam em "mentiras e desinformação". "O governo chinês está firmemente determinado a salvaguardar sua soberania nacional, segurança e interesses de desenvolvimento, e insta as partes relevantes a compreender claramente a situação e corrigir seus erros", diz ainda o comunicado.
As restrições anunciadas pela China se aplicam ao presidente da Comissão dos EUA sobre Liberdade Religiosa Internacional (USCIRF), Gayle Manchin, assim como ao vice-presidente da entidade, Tony Perkins, além do parlamentar canadense Michael Chong e integrantes do Subcomitê de Direitos Humanos Internacionais de Relações Exteriores e Desenvolvimento Internacional da Câmara dos Comuns do Canadá.
"Os indivíduos em questão estão proibidos de entrar no continente, Hong Kong e Macau da China. Além disso, os cidadãos e instituições chinesas estão proibidos de fazer negócios e manter intercâmbios com essas pessoas ou entidades", pontuou o ministério das Relações Exteriores.
Na última quinta-feira (25), a pasta já havia comunicado imposições semelhantes contra 13 indivíduos e entidades do Reino Unido baseadas nos mesmos argumentos. Além do governo britânico, Estados Unidos, União Europeia e Canadá também impuseram proibições a Pequim por conta da situação em Xinjiang, onde estaria havendo a repressão sistemática de minorias étnicas islâmicas.
No comunicado de hoje, o governo chinês repetiu o alerta feito ao Reino Unido no anúncio anterior. "Eles devem parar de manipular politicamente questões relacionadas a Xinjiang e de interferir nos assuntos internos da China de qualquer forma. Devem se abster de seguir pelo caminho errado", afirma o texto da pasta.