China ameaça rever acordos comerciais com Taiwan
País fez um alerta velado de que os acordos comerciais instituídos nos últimos anos com Taiwan podem ser revogados
Da Redação
Publicado em 20 de outubro de 2011 às 10h50.
Pequim - Autoridades chinesas fizeram nesta quinta-feira um alerta velado de que os acordos comerciais instituídos nos últimos anos com Taiwan podem ser revogados se a oposição ao governo local insistir em declarar a independência da ilha.
A China não esconde sua insatisfação com o Partido Democrático Progressista (PDD) de Taiwan, embora a sua candidata nas eleições presidenciais de janeiro, Tsai Ing-wen, assuma uma postura mais moderada com relação à declaração de independência.
Taiwan serviu de refúgio para os nacionalistas chineses derrotados pelos comunistas em 1949, e até hoje Pequim considera a ilha com uma província rebelde, a ser recuperada mesmo que pela força. Taiwan também nunca declarou oficialmente a sua independência.
Desde que assumiu a presidência de Taiwan, em 2008, Ma Ying-jeou, do Partido Nacionalista, assinou uma série de acordos comerciais e turísticos com Pequim. A China torce para que ele seja reeleito e mantenha a reaproximação.
Chen Yunlin, presidente da Associação para as Relações Através do Estreito de Taiwan e principal negociador da China para a ilha, disse que os progressos já alcançados devem ser preservados.
"Uma condição básica para termos trilhado o atual caminho do desenvolvimento pacífico é que ambos os lados estabeleceram uma confiança mútua sobre uma base política conjunta", disse ele ao serviço jornalístico China News, durante uma nova rodada de discussões econômicas bilaterais em Tianjin (norte da China).
"Se essa base política for abandonada, não só será difícil que o diálogo através do Estreito continue, como também as relações serão seriamente danificadas, e os resultados que já foram alcançados serão perdidos." Wang Yi, chefe do Departamento de Assuntos de Taiwan do governo chinês, afirmou que o atual diálogo só pode ser mantido com base no chamado "consenso de 1992" - o princípio de que só existe uma China, e que Taiwan é parte dela. O PDD não reconhece essa posição.
"Reconhecer e manter esse princípio é a condição necessária para o diálogo", disse Wang ao negociador taiwanês, Chiang Pin-kung, segundo relato da Xinhua. "Do contrário, o diálogo entre os dois lados irá parar." A busca taiwanesa por uma maior proximidade econômica com a poderosa China resultou, no ano passado, em um acordo-marco de cooperação que reduziu as tarifas de importação para quase 800 produtos. Investimentos mútuos para os setores financeiro e tecnológico também estão previstos para o futuro.
Rompendo com a habitual retórica anti-China do seu partido, Tsai diz que seu eventual governo irá adotar uma política "equilibrada, estável e moderada" em relação a Pequim.
Pequim - Autoridades chinesas fizeram nesta quinta-feira um alerta velado de que os acordos comerciais instituídos nos últimos anos com Taiwan podem ser revogados se a oposição ao governo local insistir em declarar a independência da ilha.
A China não esconde sua insatisfação com o Partido Democrático Progressista (PDD) de Taiwan, embora a sua candidata nas eleições presidenciais de janeiro, Tsai Ing-wen, assuma uma postura mais moderada com relação à declaração de independência.
Taiwan serviu de refúgio para os nacionalistas chineses derrotados pelos comunistas em 1949, e até hoje Pequim considera a ilha com uma província rebelde, a ser recuperada mesmo que pela força. Taiwan também nunca declarou oficialmente a sua independência.
Desde que assumiu a presidência de Taiwan, em 2008, Ma Ying-jeou, do Partido Nacionalista, assinou uma série de acordos comerciais e turísticos com Pequim. A China torce para que ele seja reeleito e mantenha a reaproximação.
Chen Yunlin, presidente da Associação para as Relações Através do Estreito de Taiwan e principal negociador da China para a ilha, disse que os progressos já alcançados devem ser preservados.
"Uma condição básica para termos trilhado o atual caminho do desenvolvimento pacífico é que ambos os lados estabeleceram uma confiança mútua sobre uma base política conjunta", disse ele ao serviço jornalístico China News, durante uma nova rodada de discussões econômicas bilaterais em Tianjin (norte da China).
"Se essa base política for abandonada, não só será difícil que o diálogo através do Estreito continue, como também as relações serão seriamente danificadas, e os resultados que já foram alcançados serão perdidos." Wang Yi, chefe do Departamento de Assuntos de Taiwan do governo chinês, afirmou que o atual diálogo só pode ser mantido com base no chamado "consenso de 1992" - o princípio de que só existe uma China, e que Taiwan é parte dela. O PDD não reconhece essa posição.
"Reconhecer e manter esse princípio é a condição necessária para o diálogo", disse Wang ao negociador taiwanês, Chiang Pin-kung, segundo relato da Xinhua. "Do contrário, o diálogo entre os dois lados irá parar." A busca taiwanesa por uma maior proximidade econômica com a poderosa China resultou, no ano passado, em um acordo-marco de cooperação que reduziu as tarifas de importação para quase 800 produtos. Investimentos mútuos para os setores financeiro e tecnológico também estão previstos para o futuro.
Rompendo com a habitual retórica anti-China do seu partido, Tsai diz que seu eventual governo irá adotar uma política "equilibrada, estável e moderada" em relação a Pequim.