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China adverte que Hong Kong é uma questão interna

O primeiro-ministro chinês disse que os assuntos de Hong Kong pertencem à "política interna" da China


	Primeiro-ministro chinês, Li Keqiang: é preciso respeitar autonomias, disse
 (Jason Lee/Reuters)

Primeiro-ministro chinês, Li Keqiang: é preciso respeitar autonomias, disse (Jason Lee/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2014 às 13h45.

Berlim  - O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, lembrou hoje à comunidade internacional que os assuntos de Hong Kong pertencem à "política interna" da China e ressaltou a necessidade de respeitar a soberania de cada país.

Li aproveitou sua entrevista coletiva em Berlim junto à chanceler alemã, Angela Merkel, para lançar essa mensagem em um "fórum internacional", após se mostrar convencido de que a população local, "com sua sabedoria", e o governo da região administrativa especial de Hong Kong, tem competências, "serão capazes de manter o bem-estar da sociedade e garantir a estabilidade".

Li lembrou que o governo de Pequim mantém a diretriz de "um país, dois sistemas", com uma "grande autonomia" para Hong Kong.

Conforme ressaltou, "não houve mudanças nessa política e assim seguirá".

A manutenção da "prosperidade" e da "estabilidade" em longo prazo em Hong Kong, não é apenas de interesse de Pequim, mas de todos os habitantes da ex-colônia britânica.

Após garantir que serão respeitados os "legítimos" interesses dos investidores estrangeiros na metrópole, Li lembrou que o governo da região de Hong Kong deve também proteger os habitantes cidade de possíveis danos.

Por sua vez, Merkel afirmou que deve continuar sendo respeitado o direito de expressão e de manifestação em Hong Kong.

Em seu discurso inicial perante a imprensa, a chanceler alemã informou que no encontro Li e ela tinham falado de maneira aberta de todas as questões e expressou a necessidade de que haja regras claras de acesso ao mercado chinês, liberdade de imprensa e respeito aos direitos humanos.

Ontem, o governo local de Hong Kong decidiu cancelar o primeiro diálogo oficial com os líderes das revoltas, previsto para hoje em resposta ao "plano de desobediência" que os estudantes lançaram horas antes.

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