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Chilenos confirmam greve e anunciam 'nova explosão social'

Os estudantes lutam desde o ano passado por uma educação pública, gratuita e administrada no nível básico e secundário pelo governo central

Estudantes querem o fim do lucro existente em muitos centros particulares e dos altos custos das mensalidades (AFP/Maxi Failla)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2012 às 21h16.

Santiago do Chile - Os estudantes chilenos do ensino médio confirmaram nesta segunda-feira a convocação de uma greve nacional na próxima quinta-feira e anunciaram o início de uma ''nova explosão social'' no país, enquanto em Santiago colégios foram ocupados por estudantes e logo desalojados pela polícia.

Eloísa González, porta-voz da Assembleia Coordenadora de Estudantes do Ensino Médio (Aces), uma das associações de agrupamento dos alunos, pediu uma mobilização nesta quinta-feira e alertou que multiplicarão ações para exigir melhoras no sistema educacional.

''Os estudantes do ensino médio estão iniciando uma nova explosão social, uma nova explosão que marcará este mês'', disse Eloísa aos jornalistas. A dirigente pediu a realização nesta quinta-feira de manifestações em diferentes locais da capital, precaução para evitar as desordens e confrontos com a polícia, que costumam acontecer no centro de Santiago.

Os estudantes lutam desde o ano passado por uma educação pública, gratuita e administrada no nível básico e secundário pelo governo central e não pelos municípios, como ocorre na atualidade.

''Todos nós queremos estudar, mas em quais condições? São paupérrimas. Isto se trata de reivindicações históricas'', afirmou Eloísa, que disse que a Aces entregou ao governo um documento com suas reivindicações há quatro meses e ainda não teve resposta.

No nível universitário, os estudantes querem o fim do lucro existente em muitos centros particulares e dos altos custos das mensalidades, que devem pagar através de créditos do sistema financeiro.


O governo respondeu com ofertas de créditos mais baratas, mais bolsas de estudos e uma reforma tributária que se discute no Congresso, que procura arrecadar entre US$ 700 milhões e US$ 1 bilhão para a Educação, mas nega as mudanças estruturais do sistema exigidas pelos estudantes.

Na capital chilena, as ocupações de colégios foram retomadas enquanto a polícia respondeu com o despejo do histórico Instituto Nacional, situado junto à Casa Central da Universidad de Chile, que havia sido ocupada de novo por alguns alunos na segunda-feira de manhã.

A operação policial, na qual os agentes utilizaram bombas de gás lacrimogêneo para chegar até os estudantes, acabou com uma centena de presos, informaram fontes policiais.

Em Providencia, uma das comunas da capital, várias dezenas de alunos do ensino médio se manifestaram em roupa íntima para mostrar repúdio aos desalojamentos de liceus ordenados pelo prefeito do município, Cristián Labbé. Várias patrulhas policiais escoltaram o protesto, que aconteceu sem incidentes.

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Eloísa González, porta-voz da Assembleia Coordenadora de Estudantes do Ensino Médio (Aces), uma das associações de agrupamento dos alunos, pediu uma mobilização nesta quinta-feira e alertou que multiplicarão ações para exigir melhoras no sistema educacional.

''Os estudantes do ensino médio estão iniciando uma nova explosão social, uma nova explosão que marcará este mês'', disse Eloísa aos jornalistas. A dirigente pediu a realização nesta quinta-feira de manifestações em diferentes locais da capital, precaução para evitar as desordens e confrontos com a polícia, que costumam acontecer no centro de Santiago.

Os estudantes lutam desde o ano passado por uma educação pública, gratuita e administrada no nível básico e secundário pelo governo central e não pelos municípios, como ocorre na atualidade.

''Todos nós queremos estudar, mas em quais condições? São paupérrimas. Isto se trata de reivindicações históricas'', afirmou Eloísa, que disse que a Aces entregou ao governo um documento com suas reivindicações há quatro meses e ainda não teve resposta.

No nível universitário, os estudantes querem o fim do lucro existente em muitos centros particulares e dos altos custos das mensalidades, que devem pagar através de créditos do sistema financeiro.


O governo respondeu com ofertas de créditos mais baratas, mais bolsas de estudos e uma reforma tributária que se discute no Congresso, que procura arrecadar entre US$ 700 milhões e US$ 1 bilhão para a Educação, mas nega as mudanças estruturais do sistema exigidas pelos estudantes.

Na capital chilena, as ocupações de colégios foram retomadas enquanto a polícia respondeu com o despejo do histórico Instituto Nacional, situado junto à Casa Central da Universidad de Chile, que havia sido ocupada de novo por alguns alunos na segunda-feira de manhã.

A operação policial, na qual os agentes utilizaram bombas de gás lacrimogêneo para chegar até os estudantes, acabou com uma centena de presos, informaram fontes policiais.

Em Providencia, uma das comunas da capital, várias dezenas de alunos do ensino médio se manifestaram em roupa íntima para mostrar repúdio aos desalojamentos de liceus ordenados pelo prefeito do município, Cristián Labbé. Várias patrulhas policiais escoltaram o protesto, que aconteceu sem incidentes.

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