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Chile quer elevar impostos para lidar com "pressões sociais"

Uma demanda voraz empurrou a inflação do Chile para o maior nível desde 2008 e desencadeou agressivas altas na taxa de juro

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 (Rodrigo Garrido/Reuters)

(Rodrigo Garrido/Reuters)

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Bloomberg

Publicado em 2 de fevereiro de 2022 às, 16h30.

Última atualização em 2 de fevereiro de 2022 às, 16h36.

Por Matthew Malinowski, Francine Lacqua e Lizzy Burden, da Bloomberg

O governo do Chile precisará aumentar a receita para lidar com as crescentes “pressões sociais”, de acordo com uma das principais autoridades de política monetária do país.

“No futuro, achamos que precisaremos de mais receita fiscal”, disse o ministro das Finanças, Rodrigo Cerda, de 48 anos, que está deixando o cargo em breve, em entrevista à Bloomberg TV. Ele também disse que espera que a inflação caia no segundo semestre do ano.

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Uma demanda voraz empurrou a inflação do Chile para o maior nível desde 2008 e desencadeou agressivas altas na taxa de juro.

“Esperamos que para o segundo semestre deste ano tenhamos uma inflação muito menor”, disse Cerda.

O economista formado pela Universidade de Chicago é um dos principais arquitetos das medidas de estímulo de emergência que impulsionaram o crescimento do produto interno bruto perto de um recorde de 12% no ano passado. Mais recentemente, liderou uma proposta que irá melhorar os pagamentos do sistema previdenciário.

“Esperamos ter uma Constituição que tenha foco no crescimento”, disse Cerda. “Nesse sentido, o investimento internacional é bastante relevante”.

Em março, Cerda vai ceder seu cargo ao ex-chefe do banco central, Mário Marcel, quando o presidente eleito Gabriel Boric assume o cargo. Investidores elogiaram a indicação de Marcel, que foi lida como um sinal de prudência fiscal, e os mercados financeiros aguardam a substituição na autoridade monetária.

As perspectivas econômicas para o Chile, que é uma das nações mais prósperas da América Latina, são muito mais sombrias daqui para a frente. Tanto os analistas quanto operadores consultados pelo banco central veem a inflação acima da meta de 3% nos próximos dois anos, apesar dos aumentos nos custos dos empréstimos, enquanto a atividade desacelerará acentuadamente.

A incerteza política está pesando nas decisões de investimento à medida que o Chile avança na redação de uma nova Constituição. Na terça-feira, uma comissão da Assembleia Constituinte apoiou uma proposta em primeira instância que abre a porta para a nacionalização de algumas minas.

Embora o plano ainda tenha que superar vários obstáculos antes de ser incluído em um rascunho da nova Constituição, sua aprovação na votação inicial provocou quedas tanto no peso quanto nas ações de algumas empresas com operações no Chile, incluindo Albemarle e Anglo American.

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