Chile fará combustível renovável com plantas aquáticas
Empresa responsável pela técnica pretende iniciar o cultivo das plantas ainda em 2012 para produzir o combustível em massa
Da Redação
Publicado em 13 de fevereiro de 2012 às 12h13.
Santiago - Uma inovadora tecnologia desenvolvida por uma empresa do Chile transformará as plantas aquáticas que colorem de verde alguns rios, lagoas e mangues em combustível renovável e alimento para porcos, aves e peixes.
O grupo investidor AIQ adquiriu em 2011 a patente desta tecnologia comercializada pela empresa americana PetroAlgae e, no final de 2012, prevê começar a produzir em massa estas plantas aquáticas, asseguraram à Agência Efe os responsáveis pelo projeto.
Com a queda das reservas de combustíveis fósseis devido ao aumento da demanda por parte de potências emergentes como China, Índia e alguns países da América Latina, a prospecção de fórmulas alternativas para obter petróleo atraiu a atenção do setor de energias renováveis.
Este é o caso da PetroAlgae, que após estudar as propriedades de um elemento tão comum como as pequenas plantas que crescem nas águas paradas das lagoas e dos rios, concluiu que, ao desidratar estas partículas, pode-se obter óleo refinado e ao mesmo tempo proteínas para o consumo animal.
O vice-presidente da PetroAlgae na América Latina, Jorge Abukhalil, explicou que a peculiaridade deste sistema é que, ao contrário de outras tecnologias muito mais sofisticadas, o cultivo destes microorganismos tem um custo reduzido.
'Não necessitamos uma espécie de alga que cresça em um habitat determinado. Precisamos apenas buscar um terreno onde colocar as piscinas biorreativas para reproduzir maciçamente os microorganismos e uma máquina que desidrate as plantas aquáticas', assegura o responsável desta multinacional, que já implantou o sistema em países como Tailândia, Suriname e Equador.
Como explica Abukhalil, o sistema de reprodução destas plantas é bem simples: as amostras são recolhidas em qualquer lagoa ou rio, transferidas para uma piscina biorreativa cheia de água, onde em um período entre 24 e 48 horas as plantas se reproduzem.
'Uma vez que a piscina está cheia de microorganismos verdes, já se pode extrair o produto e iniciar o processo de desidratação, a partir do qual se obtém a proteína que pode servir para o consumo animal e para criar óleo renovável', especifica.
Além disso, estes microorganismos são capazes de consumir entre 100 e 120 toneladas de dióxido de carbono por hectare cultivado. Por isso, segundo o responsável da empresa, 'se trata de um sistema de produção ambientalmente sustentável'.
'Calculamos que com um cultivo de 500 hectares é possível produzir anualmente entre 100 mil e 150 mil barris de petróleo', acrescenta Abukhalil.
Assim, perante a potencialidade desta tecnologia, o grupo AIQ adquiriu a licença em 2011 e no final do ano deve terminar a construção de uma fábrica de produção no Chile.
'Agora estamos buscando um terreno de 500 hectares para construir as piscinas', especifica Andrés de Carcer, investidor responsável por implantar este sistema no país.
Quanto aos clientes potenciais, Carcer esclarece que, no momento, a empresa pretende se especializar na produção de proteínas para o consumo animal, embora não descarte que, quando o projeto estiver em andamento, possa fazer negócios com a indústria petrolífera.
Por enquanto, uma pequena fábrica já foi construída nos arredores de Santiago, onde se comprovou previamente a eficiência da tecnologia para começar a produção da planta aquática em grande escala. EFE
Santiago - Uma inovadora tecnologia desenvolvida por uma empresa do Chile transformará as plantas aquáticas que colorem de verde alguns rios, lagoas e mangues em combustível renovável e alimento para porcos, aves e peixes.
O grupo investidor AIQ adquiriu em 2011 a patente desta tecnologia comercializada pela empresa americana PetroAlgae e, no final de 2012, prevê começar a produzir em massa estas plantas aquáticas, asseguraram à Agência Efe os responsáveis pelo projeto.
Com a queda das reservas de combustíveis fósseis devido ao aumento da demanda por parte de potências emergentes como China, Índia e alguns países da América Latina, a prospecção de fórmulas alternativas para obter petróleo atraiu a atenção do setor de energias renováveis.
Este é o caso da PetroAlgae, que após estudar as propriedades de um elemento tão comum como as pequenas plantas que crescem nas águas paradas das lagoas e dos rios, concluiu que, ao desidratar estas partículas, pode-se obter óleo refinado e ao mesmo tempo proteínas para o consumo animal.
O vice-presidente da PetroAlgae na América Latina, Jorge Abukhalil, explicou que a peculiaridade deste sistema é que, ao contrário de outras tecnologias muito mais sofisticadas, o cultivo destes microorganismos tem um custo reduzido.
'Não necessitamos uma espécie de alga que cresça em um habitat determinado. Precisamos apenas buscar um terreno onde colocar as piscinas biorreativas para reproduzir maciçamente os microorganismos e uma máquina que desidrate as plantas aquáticas', assegura o responsável desta multinacional, que já implantou o sistema em países como Tailândia, Suriname e Equador.
Como explica Abukhalil, o sistema de reprodução destas plantas é bem simples: as amostras são recolhidas em qualquer lagoa ou rio, transferidas para uma piscina biorreativa cheia de água, onde em um período entre 24 e 48 horas as plantas se reproduzem.
'Uma vez que a piscina está cheia de microorganismos verdes, já se pode extrair o produto e iniciar o processo de desidratação, a partir do qual se obtém a proteína que pode servir para o consumo animal e para criar óleo renovável', especifica.
Além disso, estes microorganismos são capazes de consumir entre 100 e 120 toneladas de dióxido de carbono por hectare cultivado. Por isso, segundo o responsável da empresa, 'se trata de um sistema de produção ambientalmente sustentável'.
'Calculamos que com um cultivo de 500 hectares é possível produzir anualmente entre 100 mil e 150 mil barris de petróleo', acrescenta Abukhalil.
Assim, perante a potencialidade desta tecnologia, o grupo AIQ adquiriu a licença em 2011 e no final do ano deve terminar a construção de uma fábrica de produção no Chile.
'Agora estamos buscando um terreno de 500 hectares para construir as piscinas', especifica Andrés de Carcer, investidor responsável por implantar este sistema no país.
Quanto aos clientes potenciais, Carcer esclarece que, no momento, a empresa pretende se especializar na produção de proteínas para o consumo animal, embora não descarte que, quando o projeto estiver em andamento, possa fazer negócios com a indústria petrolífera.
Por enquanto, uma pequena fábrica já foi construída nos arredores de Santiago, onde se comprovou previamente a eficiência da tecnologia para começar a produção da planta aquática em grande escala. EFE