Chile: a rejeição do governo Piñera subiu para 63% (Jeon Heon-Kyun/Reuters)
Reuters
Publicado em 27 de maio de 2019 às 15h02.
Santiago — A aprovação ao governo do presidente do Chile, Sebastián Piñera, caiu para 27% durante o seu primeiro ano no cargo, ao passo que a rejeição subiu para 63% em um período em que as instituições e as políticas estão sob questionamento, revelou nesta segunda-feira um instituto de pesquisa privado.
A empresa CERC-Mori explicou que a perda de apoio, que era de 44% em abril de 2018, ocorre entre os partidários mais próximos a Piñera, de classe alta e nível superior.
"A leitura destes dados sugere que os que apoiam o governo são os aspirantes que não querem perder a esperança de que, para eles, tempos melhores estão por vir. Enquanto a direita tradicional está perdendo a expectativa de que este governo seja um governo deles", informou o instituto chileno.
"A semelhança entre a aprovação do governo e da oposição sugere que elas estão ligadas ao péssimo momento que a política e as instituições estão vivendo", acrescentou.
Polêmicas com instituições como a polícia, as Forças Armadas e a Igreja, assim como controvérsias sobre as reformas da Previdência e de impostos, entre outros, promovidas pelo governo marcaram o início do segundo mandato de Piñera.
Como exemplo, a confiança na Igreja Católica desmoronou de 31% para 8%, enquanto na polícia passou de 49% para 32%.
O levantamento, feito com 1.200 pessoas em todo o país, de 4 a 19 de maio, também revelou um aumento para 73% em relação aos que acreditam que o governo atenda apenas a uma minoria, índice que previamente era de 55%.