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Chefe talibã morre em bombardeio no Afeganistão

Após anunciar que o líder "foi eliminado", o presidente afegão ressaltou que este será o mesmo destino do restante das forças antigovernamentais

Talibãs: as autoridades afegãs controlam 57% do país (Nasir Wakif / Reuters/Reuters)

Talibãs: as autoridades afegãs controlam 57% do país (Nasir Wakif / Reuters/Reuters)

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EFE

Publicado em 27 de fevereiro de 2017 às 11h11.

Cabul - O mulá Abdul Salam, o chefe talibã que liderou a tomada temporária, em duas ocasiões, da cidade de Kunduz, no norte do Afeganistão, a maior conquista militar insurgente desde a invasão americana em 2001, morreu em um bombardeio dos Estados Unidos, informaram nesta segunda-feira fontes oficiais afegãs e os próprios talibãs.

O mulá Salam, que ocupava o cargo de "governador na sombra" talibã para a província de Kunduz, morreu na tarde de ontem em um bombardeio de um drone americano no distrito de Dasht-e-Archi.

O presidente afegão, Ashraf Ghani, assegurou através de um comunicado que o líder talibã "foi eliminado" junto a outros insurgentes e ressaltou que este será o mesmo destino do restante das forças antigovernamentais no Afeganistão.

"A mensagem de nossas forças de segurança aos insurgentes é: vocês jamais encontrarão uma caverna segura em qualquer cantinho do país para se esconderem", sentenciou o presidente afegão.

O porta-voz do governador de Kunduz, Sayed Mahmoud Danish, disse à Agência Efe que, além do mulá Salam, morreram no bombardeio outros oito dirigentes talibãs.

"A morte do mulá Salam terá grande impacto negativo nas atividades dos talibãs, não só em Kunduz, mas em todo o nordeste" do Afeganistão, ressaltou Mahmoud.

Os talibãs confirmaram a morte do "conquistador de Kunduz" em um bombardeio das "tropas invasoras americanas", mas asseguraram que sua morte não diminuirá o poder dos insurgentes na região.

"Não só não debilitará suas tropas, mas centenas de jovens o seguirão por seus sacrifícios no campo de batalha", comentou o porta-voz dos talibãs, Zabihulah Mujahid, em comunicado enviado à Efe.

Os talibãs tomaram Kunduz em setembro de 2015, e permaneceram dois dias na cidade, em um sucesso sem precedentes desde que tinham sido removidos do poder com a invasão americana em 2001.

Após serem expulsos dessa cidade-chave do norte do Afeganistão, os talibãs repetiram a façanha pouco mais de um ano depois, em uma batalha que travaram durante vários dias.

Essas conquistas militares foram as maiores dos insurgentes em uma guerra que vem aumentando sua intensidade e violência após o fim da missão militar da Otan em 1º de janeiro de 2015.

Na atualidade, as autoridades afegãs controlam 57% do país, segundo fontes americanas.

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