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Chefe do COI acusado de corrupção deixa cargo nos Jogos de 2024

Frank Fredericks foi acusado de receber dinheiro de um consultor de marketing acusado de envolvimento em uma série de escândalos

Frank Fredericks seria o líder das visitas de inspeção às cidades candidatas Los Angeles e Paris, nas próximas semanas (Andrea Comas/Reuters)
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Reuters

Publicado em 7 de março de 2017 às 10h42.

Última atualização em 7 de março de 2017 às 10h42.

Berlim - O membro do Comitê Olímpico Internacional ( COI ) Frank Fredericks renunciou nesta terça-feira ao cargo de chefe da comissão de avaliação dos Jogos de 2024 após a abertura de uma investigação sobre dinheiro que teria recebido de um consultor de marketing acusado de envolvimento em uma série de escândalos, inclusive uma suspeita de compra de voto do Rio de Janeiro na disputa pelos Jogos de 2016.

Fredericks, ex-corredor olímpico da Namíbia, negou ter cometido qualquer irregularidade e disse que estava deixando o cargo para não ser uma distração devido à investigação. Na segunda-feira ele já havia renunciado a seu posto como integrante da força-tarefa da Associação Internacional das Federações de Atletismo (Iaaf).

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Como chefe da comissão de avaliação do COI, Fredericks seria o líder das visitas de inspeção às cidades candidatas Los Angeles e Paris, nas próximas semanas, e apresentaria um relatório ao COI antes da votação para a escolha da sed de 2024, em setembro.

Na semana passada, o jornal francês Le Monde envolveu Fredericks em uma denúncia de compra de voto do Rio na eleição de 2009 em que a cidade foi escolhida como sede dos Jogos de 2016.

Segundo o jornal, ele teria recebido quase 300 mil dólares de Papa Massata Diack, que por sua vez teria recebido pagamento de 1,5 milhão de dólares de um empresário brasileiro dias antes da eleição da sede olímpica.

Papa Massata Diack, filho do ex-presidente da Iaaf e ex-membro do COI Lamine Diack, foi banido pela federação de atletismo no ano passado devido a acusações de corrupção. Lamine Diack, por sua vez, está atualmente aguardando julgamento na França por acusações de corrupção e lavagem de dinheiro.

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